Um dos estabelecimentos no centro da tragédia usava botijões de gás e ficou em ruínas
RIO — Por trás da explosão que deixou o bairro de São Cristóvão em pânico na madrugada de segunda-feira e feriu oito pessoas, além de atingir 54 imóveis, está uma velha novela conhecida dos cariocas: a falta de fiscalização. No centro da tragédia, que espalhou destruição num raio de 500 metros, estão dois restaurantes da Rua São Luiz Gonzaga que, depois de receberem a licença, não passaram por uma nova vistoria do Corpo de Bombeiros, apesar de funcionarem há mais de uma década: a pizzaria Dell’Arco e o Ipueiras. Ambos usavam botijões de gás e ficaram em ruínas. Segundo o secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho, todos os indícios apontam para a pizzaria:
— Precisamos ainda aguardar o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli. Mas, quando os bombeiros chegaram, encontraram cilindros de gás abertos e cheiro de gás, indicando que havia vazamento. Eles tiveram que fechar os cilindros.
Autoridades, no entanto, investigarão também a possibilidade de a explosão ter acontecido no outro estabelecimento, por causa de denúncias de que havia vazamento de gás no local.
Enquanto o certificado de aprovação dos bombeiros (que confirma as condições de segurança das instalações) concedido à pizzaria é de 14 de dezembro de 2001, o do Ipueiras, restaurante a quilo, de preços acessíveis, apelidado na região de “Fome Zero”, data de 20 de julho de 2005, de acordo com documentos obtidos pelo GLOBO. Nenhum dos dois, afirma a CEG, contava com gás canalizado. O prefeito Eduardo Paes, que acompanhou o trabalho de socorro às vítimas, disse ser provável que o acidente tenha ocorrido devido à utilização indevida de botijões de gás.
‘TER UM BOTIJÃO É TER UMA BOMBA-RELÓGIO’
Para Cid Tomanik Pompeu Filho, advogado especialista em gás natural e canalizado, os dois estabelecimentos deveriam ter passado por inspeções:
— Eles conseguiram o alvará de funcionamento nos anos 2000. Como os bombeiros autorizaram o funcionamento de lugares que utilizavam botijões de gás, deveriam ter ocorrido inspeções frequentes no local. Ter um botijão dentro de casa é ter uma bomba-relógio sem data para explodir — alerta o advogado. — Além dos bombeiros, os proprietários dos imóveis precisam ser questionados, caso seja constatado que a explosão ocorreu por vazamento de gás. No mínimo, houve negligência e imprudência.
Como os estabelecimentos estavam fechados, Moacyr Duarte, especialista em análise de risco da Coppe/UFRJ, suspeita que os motores das geladeiras possam ter contribuído para a explosão:
— Por ser mais pesado, o gás se concentra na parte de baixo. Nesses lugares, há motores de geladeira, que ligam e desligam de acordo com a temperatura. É muito comum ocorrer explosão de gás detonada por esses equipamentos, que soltam uma centelha para o motor começar a virar.
As equipes de resgate ainda procuravam feridos sob os escombros quando autoridades começaram a dar suas justificativas para a ausência de fiscalização. Tanto o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Ronaldo Alcântara, quanto o secretário Pedro Paulo disseram que não havia denúncias relacionadas à estocagem de botijões de gás nos dois estabelecimentos.
O comerciante José Augusto Cabral, de 78 anos, disse, no entanto, que já havia denunciado os donos do Ipueiras por armazenar botijões de gás na cozinha do restaurante e nas quitinetes localizadas nos fundos. Na segunda-feira, ele estava inconsolável com a destruição das Lojas Cabral, de produtos esportivos e que funcionava há 74 anos em São Cristóvão. A casa, herdada por José Augusto do pai, ficava ao lado do Ipueiras.
Ele contou que fez seis denúncias por telefone à prefeitura, à Região Administrativa de São Cristóvão, ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil. José Augusto não soube dizer se a queixa fora encaminhada para a Defesa Civil.
— Quando aconteceu a explosão do restaurante Filé Carioca (em outubro de 2011), percebi o risco a que estávamos expostos. Eles tinham botijões na cozinha e colocaram outros nas quitinetes. Ninguém veio conferir as denúncias. Agora, a loja da família acabou. As pessoas me confortam dizendo para começar tudo de novo. Como vou recomeçar aos 78 anos? — perguntou.
Os donos dos restaurantes se defenderam. O proprietário da pizzaria, que não se identificou, negou irregularidades na casa e disse que tentou solicitar a instalação de gás encanado, mas não teria recebido resposta da CEG — a empresa afirma não ter registro da solicitação. Já Ana Keila Magalhães de Araújo, do Ipueiras, culpou a Dell’Arco:
— Eles tinham cilindros grandes de gás. No meu estabelecimento, eu usava dois botijões pequenos, além de ter um de reserva. Tanto que a perícia tirou meus botijões de lá do mesmo jeito.
A acusação à pizzaria foi reforçada pelo marido de Keila, Valdecir Galdino da Silva, de 47 anos. Ao deixar o hospital, ele disse ter certeza de que a explosão acontecera na Dell’Arco:
— Não tinha como ser em outro lugar. Ele (o dono da pizzaria) usava cilindros, que eram recarregados uma vez por mês. No meu restaurante, usava botijão de 13 quilos. Estávamos pensando até em sair do local, por causa desse problema. Nós, moradores, íamos nos reunir esta semana para discutir isso.
O Corpo de Bombeiros informou que faz cerca de 39.600 vistorias anuais em todo o estado. A corporação não soube informar os números por tipo de edificação.
— Aumentamos em 12 vezes nossa fiscalização nos últimos anos. Mas não podemos entrar em residências para fiscalizar. Entramos somente quando se trata de pessoas jurídicas — disse o comandante dos bombeiros, acrescentando que, após concluído o trabalho nos escombros em São Cristóvão, será checada a situação dos estabelecimentos da área.
Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou o acidente: “Foi com grande tristeza que recebi a notícia da explosão ocorrida na madrugada de hoje (segunda-feira), no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Transmito minha solidariedade aos feridos e às dezenas de famílias afetadas pela explosão”.
ESTRONDO POR VOLTA DAS 3H
Moradores de São Cristóvão foram acordados pelo estrondo pouco antes das 3h. Dos 54 imóveis afetados pela explosão, segundo a prefeitura, 19 viraram pó: ou foram destruídos totalmente ou precisaram ser derrubados devido a riscos. Na lista, estão, por exemplo, uma vila inteira (com 14 quitinetes, nos fundos do Ipueiras), uma farmácia, uma loja que vendia artigos esportivos e uma relojoaria, todos na Rua São Luiz Gonzaga. Os outros endereços seguem interditados pela Defesa Civil municipal.
Uma agência do Bradesco, a cerca de cem metros do ponto da explosão, do outro lado da rua, teve todos os vidros da fachada quebrados. No Colégio Pedro II do Campo de São Cristóvão, as aulas tiveram que ser suspensas, prejudicando 3.650 alunos. Com a onda de choque causada pela explosão, equipamentos de informática e vidros foram danificados. Numa das salas do prédio da diretoria, um rombo se abriu no forro de gesso do teto.
Das oito pessoas retiradas de escombros, sete foram levadas para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, sendo liberadas na segunda-feira mesmo. Valdecir, do Ipueiras, foi uma das vítimas. Sua casa desmoronou, e ele foi o primeiro a ser resgatado. Sua mulher e sua filha, de 9 anos, continuaram em meio aos escombros. Diante do que restara da sua residência, a ele só restou rezar. De mãos postas, ele pedia que a família fosse salva — numa imagem que se tornou símbolo da tragédia.
— Explodiu um negócio lá para trás, um gás explodiu lá. Aí começaram a cair as coisas — disse ele à TV Globo, logo depois de ser resgatado .
Os moradores que tiveram suas casas atingidas foram cadastrados pela Secretaria municipal de Desenvolvimento Social.
FILÉ CARIOCA AINDA SEM CONCLUSÃO
A explosão em São Cristóvão remete a dois outros trágicos episódios no Rio: o do restaurante Filé Carioca, na Praça Tiradentes, e o do Edifício Canoas, em São Conrado, ambos envolvendo vazamento de gás.
Passados quatro anos da explosão no Filé Carioca, em que quatro pessoas morreram e 17 ficaram feridas, o processo ainda tramita na 19ª Vara Criminal. Um mês após o acidente, ocorrido em outubro de 2011, o Ministério Público denunciou dez pessoas. Foram responsabilizados o dono do restaurante, Carlos Rogério do Amaral; o gerente e irmão dele, Jorge Henrique do Amaral; o síndico do prédio; dois funcionários da empresa que abastecia o gás e cinco fiscais da prefeitura que trabalhavam na vistoria e concessão de alvarás para estabelecimentos comerciais. Os fiscais são Leonardo de Macedo Caldas Mendonça, acusado de dar autorização provisória para o Filé Carioca em 2008 e de despachar o processo em 2011, quando não estava mais na inspetoria do Centro. Alexandre Thomé da Silva e Jorge Gustavo Friedenberg de Brito são acusados de prorrogar o alvará a despeito das pendências com os bombeiros. Já Maria Augusta Alves Giordano e Regina Araújo Lauria são acusadas de omissão. A primeira por não ter feito relatório fiscal da situação e, a segunda, por ter “dado por esquecido processo de denúncias de irregularidades", alegando acúmulo de serviço. Até hoje, há interdições na área do restaurante.
Já a explosão no Edifício Canoas aconteceu no dia 18 de maio deste ano, provocando a morte do morador Markus Muller, de 51 anos, que teve queimaduras em 50% do corpo. De acordo com a perícia, a explosão foi causada por um vazamento de gás no apartamento de Muller (provavelmente no aquecedor). Até hoje, os moradores das 72 unidades atingidas não puderam voltar para casa. A publicitária Patrícia Rego Monteiro, de 27 anos, moradora de um dos imóveis, disse que ainda será feita a licitação para as obras. Somente nos últimos dias, os lacres colocados pela Defesa Civil foram substituídos por portas provisórias.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/pizzaria-que-explodiu-nao-passa-por-vistoria-ha-13-anos-17822401
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terça-feira, 20 de outubro de 2015
terça-feira, 15 de outubro de 2013
ANP inicia consulta pública sobre regras para GLP
AGÊNCIA NACIONAL DO
PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS – ANP
COMUNICADO DE CONSULTA
PRÉVIA
A SUPERINTENDÊNCIA DE
ABASTECIMENTO COMUNICA aos agentes econômicos do setor de distribuição e
revenda de GLP e aos demais interessados que realizará Consulta Prévia, com as
características apresentadas a seguir:
1. OBJETIVO:
1.1
Obter subsídios e
informações adicionais sobre a revisão da Portaria ANP nº 297, de 18/11/2003, que
regulamenta a atividade de revenda de GLP, e da Resolução ANP nº 15, de 18/05/2005,
que regulamenta a atividade de distribuição de GLP.
1.2 Propiciar aos agentes
econômicos e aos demais interessados a possibilidade de encaminhamento de
opiniões e sugestões.
1.3 Identificar, da forma
mais ampla possível, todos os aspectos relevantes à matéria objeto da Consulta
Prévia.
1.4 Dar publicidade,
transparência e legitimidade às ações da ANP.
2. DISPONIBILIZAÇÃO DE
INFORMAÇÕES:
2.1 O formulário de
Consulta Prévia, estará à disposição dos interessados no endereço eletrônico http://www.anp.gov.br, na seção consultas e
audiências públicas.
Da Consulta Prévia
3. PRAZO
3.1 O prazo da Consulta Prévia
é de 30 (trinta) dias, contados a partir da publicação deste Aviso no Diário
Oficial da União, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento.
4. ENVIO DE COMENTÁRIOS /
SUGESTÕES
4.1 Os
comentários/sugestões deverão ser encaminhados à ANP para o endereço
eletrônico: abastecimento@anp.gov.br, por meio de formulário próprio
disponibilizado no endereço indicado no item 2.1 deste aviso.
AURELIO CESAR DE
NOGUEIRA AMARAL
Comunicado de Consulta Prévia publicado no DOU de 11/10/2013
Portaria ANP nº 297, de 18/11/2003, que regulamenta a atividade de revenda de GLP
Resolução ANP nº 15, de 18/05/2005, que regulamenta a atividade de distribuição de GLP
Nota Técnica SAB n° 247/2013
Formulário de sugestões de alterações na Portaria ANP nº 297/03 (Revenda de GLP)
Formulário de sugestões de alterações na Resolução ANP nº 15/05 (Distribuição de GLP)
Período de Consulta Prévia: 30 dias, de 14/10/2013 a 12/11/2013
Unidade responsável: Superintendência de Abastecimento (SAB)
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
ESCASSEZ DE GÁS PREOCUPA DISTRIBUIDORES
Textos: Gabriel Bosa / reportagem@atribunanet.com
A constante queda na distribuição do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, está gerando preocupação entre as empresas distribuidoras de gás na região. De acordo com Fernando Bandeira, proprietário de uma distribuidora em Criciúma, a queda começou há mais de um mês. “Hoje estamos recebendo até 20% a menos do que o normal, têm dias que fica totalmente em falta”, afirma.
Segundo José Luiz Rocha, presidente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), uma série de fatores contribuíram para a crise no abastecimento das distribuidoras.
“Ao nosso entendimento vemos que a diminuição na produção na refinaria de São José dos Campos, o inverno prolongado e a redução da importação da Petrobrás foram as razões que culminaram para essa crise”, esclarece.
No limite
Para algumas distribuidoras a defasagem só não está pior devido ao estoque de reserva, mas caso ela continue, é grande as chances de faltar gás na região. “Se não normalizar a distribuição é possível que falte. Todo mundo já está no limite”, declara Bandeira.
A mesma opinião é compartilhada por Lucas Goulart, gerente de outra distribuidora de gás. “A situação está bastante complicada. Tem dias que o carregamento não chega, não tem o que fazer”, lamenta.
Sob controle
Para o presidente da Abegás não há motivo para histeria. Ele afirma que dentro de poucas semanas a situação já será normalizada. “É importante frisar que não há escassez do gás como material, ele existe. O problema foi na logística e na parte operacional”, conta.
Aumento do botijão não está descartado
Apesar da crise se estender por mais de um mês, o consumidor final ainda não sentiu o peso no bolso. Porém, se a situação perdurar, é possível que haja um aumento no preço final do botijão de gás. "É a lei da oferta e procura. Se o gás continuar faltando é possível que tenha um aumento para o consumidor final”, declara o presidente.
fonte: http://www.atribunanet.com/noticia/escassez-de-gas-preocupa-distribuidores-97144
(Fotos: Gabriel Bosa) |
Segundo José Luiz Rocha, presidente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), uma série de fatores contribuíram para a crise no abastecimento das distribuidoras.
“Ao nosso entendimento vemos que a diminuição na produção na refinaria de São José dos Campos, o inverno prolongado e a redução da importação da Petrobrás foram as razões que culminaram para essa crise”, esclarece.
No limite
Para algumas distribuidoras a defasagem só não está pior devido ao estoque de reserva, mas caso ela continue, é grande as chances de faltar gás na região. “Se não normalizar a distribuição é possível que falte. Todo mundo já está no limite”, declara Bandeira.
A mesma opinião é compartilhada por Lucas Goulart, gerente de outra distribuidora de gás. “A situação está bastante complicada. Tem dias que o carregamento não chega, não tem o que fazer”, lamenta.
Sob controle
Para o presidente da Abegás não há motivo para histeria. Ele afirma que dentro de poucas semanas a situação já será normalizada. “É importante frisar que não há escassez do gás como material, ele existe. O problema foi na logística e na parte operacional”, conta.
Aumento do botijão não está descartado
Apesar da crise se estender por mais de um mês, o consumidor final ainda não sentiu o peso no bolso. Porém, se a situação perdurar, é possível que haja um aumento no preço final do botijão de gás. "É a lei da oferta e procura. Se o gás continuar faltando é possível que tenha um aumento para o consumidor final”, declara o presidente.
fonte: http://www.atribunanet.com/noticia/escassez-de-gas-preocupa-distribuidores-97144
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Gás GLP começa a faltar em distribuidoras devido atraso na importação
Gás GLP começa a faltar em distribuidoras de Sorocaba e JundiaíEm Sorocaba, a redução foi de 30% a 70%, diz sindicato dos revendedores. Petrobrás informou que fornecimento será normalizado esta semana.
Falta gás de cozinha em algumas distribuidoras de Sorocaba (SP). De acordo com o presidente do Sindicato dos Revendedores de gás do Interior do Estado de São Paulo, Giovani Buzzo, em alguns estabelecimentos localizados em áreas mais distantes do Centro, os estoques estão esgotados.
No entanto, a redução média varia entre 30% e 70%. O problema começou há 15 dias pelos atrasos na importação de GLP.
Em Jundiaí (SP), o estoque das revendedoras de gás também diminuiu. Mas os consumidores não encontraram problema em comprar o botijão.
Em nota, a Petrobrás informou que dois navios vão descarregar GLP ainda esta semana, o que deve regularizar o fornecimento.
Falta gás de cozinha em algumas distribuidoras de Sorocaba (SP). De acordo com o presidente do Sindicato dos Revendedores de gás do Interior do Estado de São Paulo, Giovani Buzzo, em alguns estabelecimentos localizados em áreas mais distantes do Centro, os estoques estão esgotados.
No entanto, a redução média varia entre 30% e 70%. O problema começou há 15 dias pelos atrasos na importação de GLP.
Em Jundiaí (SP), o estoque das revendedoras de gás também diminuiu. Mas os consumidores não encontraram problema em comprar o botijão.
Em nota, a Petrobrás informou que dois navios vão descarregar GLP ainda esta semana, o que deve regularizar o fornecimento.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Petrobras amplia base em SP
A Petrobras começou as obras de ampliação e adequação da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, no litoral de São Paulo. O objetivo é preparar a instalação para receber o gás natural do pré-sal da bacia de Santos. Depois da expansão, prevista para terminar em 2014, a UTGCA terá capacidade para processar diariamente até 20 milhões de metros cúbicos de gás.
Hoje, a oferta é para 18 milhões de metros cúbicos de gás, mas o volume efetivamente tratado é de 9 milhões de metros cúbicos por dia. O processamento resulta em 200 metros cúbicos de GLP (gás liquefeito de petróleo) e 600 metros cúbicos de C5+ (também correspondente à fração líquida do gás).
Hoje, a oferta é para 18 milhões de metros cúbicos de gás, mas o volume efetivamente tratado é de 9 milhões de metros cúbicos por dia. O processamento resulta em 200 metros cúbicos de GLP (gás liquefeito de petróleo) e 600 metros cúbicos de C5+ (também correspondente à fração líquida do gás).
quinta-feira, 29 de março de 2012
Petrobras inicia obra para tratamento de gás em SP
SÃO PAULO - A Petrobras iniciou neste mês as obras de ampliação e adequação da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, no litoral de São Paulo. O projeto de expansão da unidade, revelado pela Agência Estado no final de 2010, prevê que o sistema terá capacidade para processar 20 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, um acréscimo de 2 milhões de metros cúbicos diários em relação ao projeto original encerrado no início do ano passado.
A adequação da unidade deverá estar concluída em 2014 e será conduzida pela empresa Schahin. Atualmente, a UTGCA processa 9 milhões de metros cúbicos diários e obtém produtos como gás liquefeito de petróleo (GLP) e C5, uma corrente
A adequação da unidade deverá estar concluída em 2014 e será conduzida pela empresa Schahin. Atualmente, a UTGCA processa 9 milhões de metros cúbicos diários e obtém produtos como gás liquefeito de petróleo (GLP) e C5, uma corrente
segunda-feira, 19 de março de 2012
SEMINÁRIO PROMOVIDO PELA ANP DEBATE EFICIÊNCIA NA CADEIA DE GLP
Com o objetivo de ampliar o conhecimento das especificidades do mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP), a ANP promoveu, em 28 de fevereiro, seminário sobre a ampliação da eficiência na cadeia de distribuição e revenda do GLP e defesa das normas regulatórias para garantia da concorrência. A professora Manoela Bessa Guimarães Lott e o economista José Tavares de Araujo Jr. debateram o tema com cerca de 50 técnicos da Agência.
Na primeira parte do encontro, Manoela Lott apresentou um estudo sobre a eficiência na cadeia de distribuição de GLP, a partir do
Na primeira parte do encontro, Manoela Lott apresentou um estudo sobre a eficiência na cadeia de distribuição de GLP, a partir do
quarta-feira, 7 de março de 2012
Debate aborda o transporte de GLP em São Paulo
Vereador Jamil Murad apresentou projeto sobre o transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP) tema que ganhou destaque na mídia com o início da proibição de caminhões na capital paulista
No próximo dia 8 de março, das 10h às 13h, acontece na Câmara Municipal de São Paulo debate sobre o transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP) e o PL 579 do vereador Jamil Murad (PCdoB). Além do próprio parlamentar, o evento contará com a participação do coordenador-geral do escritório da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em São Paulo, Alcides Amazonas, e de representantes de órgãos da Secretaria Municipal de Transportes.
No próximo dia 8 de março, das 10h às 13h, acontece na Câmara Municipal de São Paulo debate sobre o transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP) e o PL 579 do vereador Jamil Murad (PCdoB). Além do próprio parlamentar, o evento contará com a participação do coordenador-geral do escritório da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em São Paulo, Alcides Amazonas, e de representantes de órgãos da Secretaria Municipal de Transportes.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Market Share - GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP ) - 2011
Petrobras vai investir para ser líder em etanol até 2017, diz Graças Foster
SÃO PAULO - Durante os próximos anos, a Petrobras (PETR3, PETR4) vai buscar aumentar seus investimentos no segmento de etanol. Maria das Graças Foster, nova presidente da estatal, quer concentrar esforços para expandir as operações desse tipo, de acordo com ela, por razões econômicas.
A executiva explica que há uma demanda muito grande pelo combustível atualmente. E as atuais refinarias não têm mais o perfil para produzirem gasolina. “A motivação passou a ser diesel, GLP [gás liquefeito de petróleo], entre outros”, afirma. Assim, começa a se tornar necessário trazer o produto para conseguir fomentar o mercado interno.
‘Leva tempo’
Mas Graça Foster lembra que o investimento não vai trazer retorno imediato. Sua previsão é de que nos próximos quatro ou cinco anos o crescimento seja realmente relevante, fazendo com que a companhia se torne a líder em fatia de mercado com o álcool combustível.
Sobre isso, ela ressalta que já há alguns ativos do etanol no portfólio atual da Petrobras. No entanto, quando indagada sobre a possibilidade de realizarem aquisições no setor para impulsionar esse avanço do negócio, ela não confirmou, nem negou. “Se eu falo que busco uma aquisição, amanhã as ofertas terão que ser aumentadas, por isso não vou comentar”, finalizou.
Plano de negócios
Sobre a revisão do plano de negócios, para incluir agora o ano de 2016 no projeto, a CEO disse que não há uma data para a divulgação das novas metas. A única coisa em que ela foi taxativa foi em dizer que não está no planejamento aumentar os gastos. “Não está nos planos aumentar os investimentos, mas rever isso é uma rotina dentro da Petrobras”, alertou.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Produção de GLP cresce 2,44%
O setor brasileiro de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) encerrou o ano passado com um total de 7,1 milhões de toneladas comercializadas, mostrando crescimento de 2,44% em relação a 2010.
O resultado superou a previsão inicial, que era de expansão em torno de 2,20%, informou o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello.
Houve também expansão de 2,06% na comercialização de GLP em embalagens de 13 quilos. Na versão granel, o aumento foi mais significativo: 3,45%. Es se tipo de GLP é vendido em centrais de gás para indústrias, em condomínios e no comércio, quando um caminhão reabastece um depósito. Mello lamentou que apesar do plano de investimentos da Petrobras, o Brasil ainda não conseguiu a autossuficiência em GLP. No ano passado, devido a atrasos em alguns planos de negócios da estatal, como a implantação de refinarias, foram importados 26% de GLP. "Continuamos confiantes que, com as descobertas de gás natural, haverá um aumento importante da oferta de GLP", disse. A expectativa é que com isso, o Brasil se tome autossuficiente na produção entre 2015 e 2020. O presidente do Sindigás destacou um aumento significativo na competitividade do GLP frente ao gás natural para usuários de consumo mais baixo, abrangendo não só indústrias e o comércio, mas residências.
Segundo Mello, no Rio de Janeiro o gás natural chega ao consumidor 68% mais caro que o GLP Isso pode ser explicado pelo modo de transporte do gás natural, que toma o produto mais caro. Esse tipo de combustível está presente em mais de 95% das casas. Em termos de consumo, entretanto, ele representa 26,6% da matriz energética residencial brasileira, vindo atrás da energia elétrica e da lenha. Na matriz energética nacional, a participação do GLP é 3,6%, disse Meio. A estimativa é chegar a 4,2% até 2020. Para terão de ser superados alguns desafios. "O primeiro é conseguir que a sociedade perceba o GLP além da cozinha". Ele lembrou que as pessoas costumam ver o GLP apenas como bujão. O principal alvo, enfatizou Mello, é ocupar parte do espaço ocupado pelo chuveiro elétrico para o aquecimento de água. Hoje, 80% da água doméstica são aquecidos com energia elétrica. A utilização do GLP para essa finalidade representa menos custo para o consumidor, além de ser "um benefício para o País, em termos de balança energética".
Fonte: Jornal do Commercio
sábado, 28 de janeiro de 2012
Gás natural pode custar mais que o dobro do GLP no interior de São Paulo.
A conta de gás do mês de janeiro pode pesar até mais que o dobro no bolso dos 7,3 mil clientes da Gás Brasiliano em 12 municípios do interior de São Paulo, se comparada com o custo do Gás LP. De acordo com os valores praticados pela concessionária, divulgados em seu site, na medição individual, o GN sai a R$ 57,72 para o consumo de 15,73 m3, quantidade equivalente a um botijão de 13 quilos. Conforme levantamento da ANP, que acompanha os preços do setor, o botijão de gás de 13 quilos custa em São Paulo R$ 36,88. O preço do GN é, portanto, 49,3% mais caro. Na medição coletiva (prédios/condomínios residenciais), o custo do GN comparado ao Gás LP salta para R$ 98,14, ou seja, é 153,9% mais alto.
Fonte: ANP
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Gás natural ou GLP?
Na prática é tudo igual, mas o primeiro garante mais segurança.
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Segurança. Este é o ponto de convergência entre especialistas quando o assunto é o melhor combustível para o uso doméstico. O tema, apesar de não ser nova, volta à tona após a divulgação de expansão da malha de fornecimento de gás natural, divulgada pela Comgás na primeira semana deste ano.
Em pauta há alguns anos, quando a empresa assegurou a concessão do fornecimento de gás natural para as cidades da Baixada Santista, há pouco mais de quatro anos, o assunto ainda gera dúvidas entre munícipes e proprietários de casas de veraneio.
Apesar de o termo já ser comum, o que se percebe é que as diferenças entre o gás natural e o Gás Liquefeito de Petróleo, conhecido como GLP - e o mais utilizado nas cidades da região -, ainda são desconhecidas por grande parcela dos consumidores. Um maior conhecimento sobre o assunto poderia beneficiar os munícipes, pela concorrência do mercado.
Com origens c sistemas de produção e de distribuição distintos, o gás natural e o GLP divergem em suas características técnicas: "Enquanto o primeiro é formado predominantemente por metano (CH4), o GLP é uma mistura de propano (C3H8) e butano (C4H10)”, esclarece o professor doutor Aldo Ramos Santos, coordenador do curso de Pós-Graduação cm Engenharia de Petróleo e Gás Natural da Universidade Santa Cecília (Unisanta).
Balanço
5,8 mil novos apartamentos receberam gás encanado em 2011 na região, de acordo com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás).
Ele explica que do ponto de vista do uso doméstico do gás natural, não há diferenças práticas quanto ao uso desses gases, pois equipamentos como fogão e aquecedores queimam normalmente ambos os combustíveis.
E a questão da segurança, de fato, um dos fatores mais polêmicos entre especialistas, que apontam o gás natural como o "mais conveniente por ser um composto mais leve que o ar". Segundo o professor, "dissipa-se com maior facilidade e em menor tempo, em caso de eventual vazamento”.
Além disso, toda a rede instalada em condomínios possibilita a interrupção do gás cm diversos pontos, desde a saída da rua para dentro do prédio, até o abrigo de regulação de pressão, passando pelo prumador, até chegar ao apartamento. "Somente no apartamento, o consumidor terá de duas a três válvulas para interromper a passagem do gás", aponta o gerente de Planejamento da Sena Ecal, Gustavo Fortes.
Ele diz que o perigo do GLP é que, por ser mais denso que o ar, tende a ficar acumulado embaixo de eletrodomésticos e em ralos. "Por isso, o risco de explosão em grande escala, em caso de faísca, é muito maior".
OPÇÃO
Foi exatamente a questão da segurança que levou o síndico, Minoru Yaeda, 70 anos, a convocar uma assembléia no prédio onde mora, em São Vicente, para propor a conversão para o sistema de gás natural.
Ele disse que apesar de polemico, o projeto ressaltou que os botijões dentro dos apartamentos representavam um perigo. O imóvel fica na Praia do Gonzaguinha e conta com 75 apartamentos, sendo que apenas 21 famílias moram no local. Todos os outros funcionam como casa de veraneio e, em muitos casos, os proprietários não visitam o imóvel nem mesmo uma vez por ano.
Os moradores arcarão com apenas 25% do valor de instalação do novo sistema. "Pagaremos em 36 vezes. Cada condômino arcará R$ 8,86 mensais", informou Yaeda.
Mais do que a economia, a justificativa da segurança foi apontada pelo supervisor de obras, Carlos Eduardo Ramalho, como quesito prioritário. "Ter um botijão de 13 quilos sem a devida manutenção ou mesmo monitoramento é como ter uma bomba relógio em casa", considera ele, lembrando que a explosão do Shopping Continental em Osasco, na Grande São Paulo, há alguns anos, foi pela explosão de 6,2 quilos de GLP.
Gás Natural e GLP
Benefícios e desvantagens
Os dados contidos nesta tabela foram coletados nos sites da Companhia de Gás de São Paulo, a Comgás (www.comgas.com.br) e da Ultragaz (www.ultragaz.com.br).
Economia esbarra no poder calorífico
É impossível abordar a questão da economia sem relacioná-la a uma característica fundamental dos dois tipos de combustíveis: o poder calorífico. Com maior quantidade desse item, o GLP desmanda menor volume de gás para atingir uma mesma temperatura, se comparado com o gás natural.
De acordo com o professor do curso de Tecnologia de Gás e Petróleo da UniSantos, Maurício Barbieri, a diferença de poder calorífico é de 27% entre os dois combustíveis, percentual semelhante aos preços praticados pelas companhias e distribuidoras de gás natural e GLP.
“Contudo, há questões não quantificáveis envolvidas, como a praticidade e a facilidade. É preciso colocar todos os itens no papel para avaliar qual a melhor opção para a família. A escolha é muito individual”, ressalta o professor.
O próprio gerente de vendas da Comgás, Wagner Longo, concorda com a avaliação, ressaltando que há itens que não podem ser quantificados. Um dos exemplos é o uso do gás natural para chuveiros. “Como gera um conforto maior, os usuários acabam tomando um banho mais longo”.
Mudança
Para quem decidir pela mudança de sistema, no entanto, o presidente do Sindicato dos Condomínios Prediais do Litoral de São Paulo (Sicon), Rubens Moscatelli, faz um alerta: “o novo sistema deve ser aprovado por todos os condôminos e não apenas pela maioria, como muitas vezes é orientado”. Ele explicou que o Sicon não recebeu quaisquer reclamações sobre a questão desde que o gás natural começou a ser oferecido na cidade. Contudo, Moscatelli ressaltou a importância de consultar um advogado para analisar a questão e garantir que nada seja implementado pelo setor sem que esteja dentro da lei.
O Lado GLP
Uma das principais empresa fornecedora de gás GLP nas cidades da Baixada Santista, a Ultragaz, foi procurada para saber o que a companhia tem feito para implementar seus serviços e responder questionamentos importantes sobre a segurança. Contudo, apesar dos recados deixados na empresa por diversos dias consecutivos, não houve retorno.
Previsão
31 mil
Clientes é o número previsto pela Comgás de residências que devem contratar o recebimento de gás natural até o fim deste ano.
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FONTE: A Tribuna (Santos - SP)
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
AVISO RELEVANTE: o site da ANP - Sem refinarias, déficit da conta-derivados alcança nove bilhões de dólares
AVISO RELEVANTE: o site da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP (anp.gov.br), na sua página Dados estatísticos mensais, item “Importações & Exportações”, subitens “Importação de derivados de petróleo por produto” e “Dispêndio com a importação de derivados de petróleo por produto”, sejam eles expressados em metros cúbicos (m³) ou barris, permitia que se conhecessem os volumes e os gastos respectivos dos vários derivados de petróleo importados, detalhado item por item; são 13 no total, a saber: nafta, óleo diesel, gasolina tipo A, querosene de aviação, solvente, lubrificante, coque, asfalto, óleo combustível, GLP, parafina, gasolina de aviação e outros energéticos.
Para tanto, existiam duas janelas de acesso acima das respectivas planilhas, sendo uma para o total dos volumes e do dispêndio e uma segunda que informa: “Selecione, clicando na seta abaixo o produto desejado”. Assim, era possível conhecer o volume de cada item importado e o seu respectivo dispêndio. Segundo consta na página, a fonte é a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
No entanto, por motivos que desconheço, já que não há nenhuma nota a respeito, a partir do mês de outubro de 2011, inclusive, essa segunda janela que permitia o acesso aos 13 itens foi retirada (até a data deste texto, 19/01). Assim sendo, faço duas perguntas: 1ª) Por que foi adotada a CENSURA aos dados que têm que ser do conhecimento público?; e 2ª) Quem autorizou a CENSURA? A Secex, a ANP, o Ministério de Minas e Energia, ou alguma autoridade com assento no Planalto?
Não acredito que a ordem para censurar a divulgação dos dados tenha partido da presidente da República, Dilma Rousseff, pois, em seu discurso de posse, ela deixou bem claro o seu compromisso com a liberdade de expressão: “Reafirmo que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras”. Diga-se de passagem, a senhora presidente ao longo do seu primeiro ano de mandato seguiu o que prometeu.
Tive que fazer o aviso mais acima, visto que uma análise detalhada do porquê desse fenomenal rombo de quase 10 bilhões de dólares na conta dos derivados depende dos números dos principais itens que compõem esta cesta de produtos. Ou seja, quais foram os derivados que mais contribuíram para esse déficit? Com os dados atuais da ANP não é possível fazer uma análise pormenorizada.
Vamos aos números do déficit total da conta-derivados, janeiro a novembro/11, inclusive (www.anp.gov). O petróleo em 2011, com exportações de US$ 19,258 bilhões e importações de US$ 13,202 bilhões, teve uma excelente performance, o que resultou em um superávit de US$ 6,055 bilhões. No entanto, quando analisamos os números dos derivados, nos damos conta de um rombo abissal da ordem de US$ 9,140 bilhões, resultado de US$ 8,735 bilhões em exportações e, pasmem!, US$ 17,876 bilhões em importações, o que resultou num fenomenal déficit de US$ 9,140 bilhões. Mesmo considerando o excelente superávit da conta-petróleo, o resultado final ainda é deficitário em US$ 3,085 bilhões (US$ 6,055 bilhões – US$ 9,140 bilhões).
Para que os leitores tenham um ideia do tamanho do rombo da conta-derivados, entre 1999 e 2011 temos um déficit acumulado de US$ 13,628 bilhões, ou seja, somente o déficit de 2011 foi responsável por 67,07% do total dos últimos 13 anos!
Os leitores seguramente querem saber o porquê desse enorme déficit. A resposta é simples, e já tratei algumas vezes desse assunto aqui, no Jornal do Brasil: as autoridades preferiram ao longo das últimas décadas fazer festas eleitoreiras com a produção do petróleo e, irresponsavelmente, deixaram de lado a construção de novas refinarias. O resultado dessa desídia está aí.
Depois de mais de 30 anos sem construir uma só refinaria, temos somente duas em execução: a Refinaria do Nordeste, em Suape (PE) e o Comperj, no Rio de Janeiro, que devem começar a operar no fim deste ano (230 mil barris/dia) e em 2013 (1º trem, 165 mb/d), respectivamente. O segundo trem do Comperj foi adiado para 2018. As tão propagandeadas e também eleitoreiras refinarias Premium I, no Maranhão, com capacidade para 600 mb/d, foi empurrada para iniciar as operações do primeiro e segundo trens em 2016 e 2019, respectivamente. A Premium II, no Ceará, para 300 mb/d, está prevista para 2017 (petrobras.com.br).
Agora, é esperar o Plano de Negócios (PN) da Petrobras para o período 2012–2016 e ver se serão mantidos os cronogramas do PN-2011-2015. Uma coisa é certa, até que fiquem prontas as refinarias, ainda teremos muitos bilhões de dólares de rombo na conta-derivados.
Fonte: Jornal do Brasil/Humberto Viana Guimarães, engenheiro civil e consultor
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