O setor brasileiro de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) encerrou o ano passado com um total de 7,1 milhões de toneladas comercializadas, mostrando crescimento de 2,44% em relação a 2010.
O resultado superou a previsão inicial, que era de expansão em torno de 2,20%, informou o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello.
Houve também expansão de 2,06% na comercialização de GLP em embalagens de 13 quilos. Na versão granel, o aumento foi mais significativo: 3,45%. Es se tipo de GLP é vendido em centrais de gás para indústrias, em condomínios e no comércio, quando um caminhão reabastece um depósito. Mello lamentou que apesar do plano de investimentos da Petrobras, o Brasil ainda não conseguiu a autossuficiência em GLP. No ano passado, devido a atrasos em alguns planos de negócios da estatal, como a implantação de refinarias, foram importados 26% de GLP. "Continuamos confiantes que, com as descobertas de gás natural, haverá um aumento importante da oferta de GLP", disse. A expectativa é que com isso, o Brasil se tome autossuficiente na produção entre 2015 e 2020. O presidente do Sindigás destacou um aumento significativo na competitividade do GLP frente ao gás natural para usuários de consumo mais baixo, abrangendo não só indústrias e o comércio, mas residências.
Segundo Mello, no Rio de Janeiro o gás natural chega ao consumidor 68% mais caro que o GLP Isso pode ser explicado pelo modo de transporte do gás natural, que toma o produto mais caro. Esse tipo de combustível está presente em mais de 95% das casas. Em termos de consumo, entretanto, ele representa 26,6% da matriz energética residencial brasileira, vindo atrás da energia elétrica e da lenha. Na matriz energética nacional, a participação do GLP é 3,6%, disse Meio. A estimativa é chegar a 4,2% até 2020. Para terão de ser superados alguns desafios. "O primeiro é conseguir que a sociedade perceba o GLP além da cozinha". Ele lembrou que as pessoas costumam ver o GLP apenas como bujão. O principal alvo, enfatizou Mello, é ocupar parte do espaço ocupado pelo chuveiro elétrico para o aquecimento de água. Hoje, 80% da água doméstica são aquecidos com energia elétrica. A utilização do GLP para essa finalidade representa menos custo para o consumidor, além de ser "um benefício para o País, em termos de balança energética".
Fonte: Jornal do Commercio
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