Cálculos de pesquisadores dos Estados Unidos apontam que o Brasil pode ter reservas de até 7,35 trilhões de metros cúbicos desse tipo de gás.
Em todo o mundo a exploração do gás de xisto tem se tornado um ponto de preocupação e polémica, devido ao seu processo de obtenção do insumo, que é feito pelo fraturamento hidráulico (ou fracking) da rocha onde ele está depositado. Para fraturar essa rocha, as empresas injetam bilhões de litros d água misturados a produtos químicos. O problema está justamente na volta desses produtos ao solo, já que os danos podem ser imprevisíveis, podendo ocasionar até a contaminação de aquíferos.
Apesar dos riscos ambientais, o gás não convencional mostra-se bastante competitivo pelo lado econômico. Nos EUA, esse insumo chega a ser 80% mais barato que o gás natural brasileiro. De acordo com a Petrobras, o shale gas levou a uma redução do preço do gás natural no mercado norte-americano e o custo de produtos petroquímicos nos EUA.
A petrolífera brasileira aposta na viabilidade do gás de xisto. Tanto é que no início do ano foi aprovada pela empresa a criação do Programa
Onshore de Gás Natural (Pron-Gás), voltado para a exploração, produção e monetização do gás das bacias sedimentares em reservas convencionais e não convencionais.
O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Maurício Canedo, avalia que caso a aposta do gás de xisto se confirme nos Estados Unidos. será para eles o que a descoberta do pré-sal foi para o Brasil, já que eles também mudarão de patamar no que diz respeito à produção de gás natural. “E isso terá implicações para o mercado de petróleo. O pré-sal continuará sendo um bilhete premiado para nós, mas será menos relevante, já que outros eles terão encontrado outra maneira de suprir o gás”, analisou.
Porém, tudo dependerá da forma da confirmação do potencial e em conseguir explorar o insumo de maneira que o risco ambiental seja mais bem controlado. Canedo diz que o Brasil também tem potencial, mas sai com a desvantagem de não ter infraestrutura para escoar o gás. “Os EUA já se beneficiaram do gás natural, o que lhes permitirá dar um passo grande porque a malha de distribuição já existe”, completou.
Para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), tanto no País quanto em outros países, com exceção dos EUA, ainda existe muito gás convencional a ser descoberto e a confirmação de depósitos do gás não convencionais ainda deve levar alguns anos para ocorrer. O mesmo deve ocorrer com a viabilidade da produção.
A agência brasileira explicou que os riscos da técnica de fraturamento hidráulico ainda não foram totalmente esclarecidos para o público em geral, mas confirma que o principal risco seria realmente a contaminação dos aquíferos próximos aos campos. •
O sócio-diretor da Gas Energy, Marco Tavares, aponta que a exploração do gás não convencional tem boas perspectivas para o Brasil. Caso se confirme o potencial que se espera desse tipo de insumo em território nacional, o Brasil pode triplicar o volume de gás que extrai, mesmo que seja uma parcela de 10% a 15% do volume previsto.
Tavares alertou contudo, que o País precisa desenvolver uma infraestrutura adequada.Tavares lembrou que o Brasil pouco explorou o potencial de petróleo e gás em terra, sendo mais aprimorada a extração offshore. Segundo ele, os EUA perfuram a cada ano 20 mil poços, enquanto que o Brasil, em toda sua história, promoveu a perfuração de aproximadamente 30 mil poços.
“Há uma cadeia de bens e serviços que precisa se desenvolver. As estimativas do shale gas são feitas com base nos tipos de rochas. Isso tudo se verificará na medida em que começar a perfurar e conhecer melhor a geologia”, disse.
Fonte: Jornal do Comércio – RJ
An oil right outside Watford City, North Dakota, U.S. (Daniel Acker - BLOOMBERG)Quite a bit, it turns out. On Tuesday, the American Petroleum Institute released a report full of recommendations to the Republican and Democratic committees that are crafting their party platforms this summer. Basically, this is Big Oil’s wish list. It includes everything from opening up more federal lands for drilling to avoiding strict new federal rules on natural-gas fracking. And API has also included a slew of charts that help give a better sense for what’s driving the oil and gas industry.
First up is this graph showing where the current boom in oil and natural gas production is taking place. Mostly, it’s occurring on private lands — in, for instance, the oil-rich Bakken shale formation that spans North Dakota and Montana. By contrast, oil and gas production has flatlined and even dropped in areas that are supervised by the federal government: