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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Comgás analisa oferta de gás a partir de aterros

Por André Magnabosco

Em busca de acesso a um gás natural mais competitivo, a Comgás analisa alternativas para diversificar a origem do insumo e reduzir, dessa forma, a dependência do volume e das condições comerciais impostas pela Petrobras. Entre as alternativas em estudo estão o aproveitamento do biogás, gerado a partir de resíduos sólidos e do aproveitamento da linhaça, e do gás natural que será extraído do pré-sal explorado na bacia de Santos, na costa brasileira.

“Estamos trabalhando fortemente em várias áreas. Há alternativas de biogás nos aterros sanitários e na linhaça. São duas matérias-primas bastante abundantes no Estado”, destacou o presidente da Comgás, Luis Henrique Guimarães, durante teleconferência com jornalistas realizada nesta quarta-feira, 13.

Da costa, a Comgás também analisa o potencial volume de gás a ser explorado no pós e, principalmente, no pré-sal da bacia de Santos. Em maio passado, Guimarães já havia comentado que a criação de um gasoduto que interligasse a costa à base da Comgás garantiria aumento da oferta do insumo para a região. Ao mesmo tempo, a possibilidade de adquirir gás de outros players é apontada como uma alternativa para ter acesso a preços mais competitivos.

“Trabalhamos para que o plano 2014-2019 abranja a necessidade de criação de uma infraestrutura adicional, para que se incorpore os benefícios do biogás e do pré-sal. Se não tivermos infraestrutura, o gás (do pré-sal) continuará indo para outros Estados”, afirmou Guimarães, destacando um dos temas que devem nortear a análise da Comgás em relação à revisão tarifária prevista para o período 2014-2019.

O processo de revisão tarifária, que deveria ocorrer até maio deste ano, foi postergado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) para janeiro de 2015.

Concorrência

Criar rotas de acesso ao gás natural é considerado uma prioridade dentro da Comgás, companhia que reclama contra os preços diferenciados adotados pela Petrobras em diferentes mercados. A companhia alega que os valores cobrados em outros Estados, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, e até mesmo em São Paulo, na área atendida pela Gas Brasiliano, pode ser até 10% menor do que o pago pela Comgás, a mais distribuidora de gás do País.

Por isso, a companhia recorreu na Justiça na tentativa de garantir isonomia de preços.”É mais ou menos parecido com uma guerra fiscal. Nosso único pleito é de que o gás seja equivalente”, destacou. Guimarães, contudo, preferiu não comentar o andamento da disputa judicial.

Ao mesmo tempo em que a disputa na Justiça se realiza, a Comgás vê espaço para o acesso a novas fontes, em um processo que deve ocorrer de duas formas. A primeira, em um prazo mais curto, seria a partir do aproveitamento do biogás, em projetos de menor dimensão. A segunda seria o aproveitamento do gás extraído de águas ultraprofundas, alternativa que, no entanto, deve ser viável apenas na próxima década.

“Em larga escala, algo acima da metade da necessidade da Comgás, teremos só na próxima década, mas 2020 está logo aí. Para projetos dessa natureza, cinco anos é considerado curto prazo”, salientou. “Acredito que veremos movimentações bastante importantes, como a concessão de licenças, por exemplo, já a partir do ano que vem”, complementou Guimarães.



Fonte: A Tarde On Line

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Setor do biogás precisa de políticas públicas

Especialista sugere a criação de uma legislação específica, que permitirá o desenvolvimento da atividade no País

Por Jefferson Klein

Apontado como uma solução energética e ambientalmente correta, o biogás tem um longo caminho para percorrer no País para se aproximar de realidades de nações como, por exemplo, a Alemanha. Durante o 5º Seminário do Biogás, promovido ontem pela Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre, ficou claro que é necessária uma legislação específica para esse assunto e que o governo precisa dar uma atenção especial ao setor para que o segmento se desenvolva.

O diretor-presidente da Eco Conceitos, Ércio Kriek, é um dos especialistas na área que defende a concretização de políticas públicas que facilitem a comercialização e o uso do biogás (que pode ser gerado por restos agrícolas ou dejetos de animais, como suínos e aves, além de resíduos orgânicos das cidades). O dirigente acredita que o Brasil tem potencial para aprimorar esse mercado.

De acordo com o empresário, o governo deveria conceder incentivos para esse segmento, pois se trata de um ganho ambiental muito grande. Kriek ressalta que já existem vários biodigestores no País. Porém, ele adverte que muitos não possuem a tecnologia bem elaborada da Europa. Isso acaba decepcionando os empreendedores, que não conseguem os resultados esperados.

Entre os aproveitamentos do biogás estão a geração de energia elétrica e em aplicações semelhantes as do gás natural, utilizado por indústrias, comércio e veículos. Kriek ressalta que o biogás é uma fonte energética que os europeus já dominam e usufruem. O empresário informa que, na Alemanha, existem mais de 7 mil biodigestores que produzem gás e possibilitam, consequentemente, a geração de energia elétrica. Na região da Baixa Saxônia, cerca de 25% do consumo de eletricidade é atendido pelos geradores de biogás. “No Brasil, neste primeiro momento, o sistema está sendo mais uma forma de tratar os resíduos, os rejeitos”, argumenta o dirigente. Atualmente, as experiências com o biogás no País são todas, praticamente, individuais para atender a demandas específicas.

O consultor da MT-Energie Tecnologia do Biogás Mario Coelho concorda que o desenvolvimento do biogás passa pela construção de uma legislação que lhe dê condições de comercialização. Para o especialista, a primeira opção de uso do insumo no Brasil em maior escala seria na produção de energia elétrica. Entretanto, Coelho indica possibilidades também na substituição do GLP, como gás de cozinha. O consultor acrescenta que os créditos de carbono poderiam ser um subproduto da atividade. Coelho adverte que não se deve desenvolver um projeto de biogás com os créditos como finalidade. Isso porque esse benefício só é concedido a empreendimentos que não sairiam do papel sem o apoio, e muitos complexos de biogás podem ser viáveis economicamente.

Walter Stinner, integrante do Deutsches Biomasseforschungs-zentrum (Centro Alemão para Pesquisa em Biomassa), enfatiza a versatilidade dos aproveitamentos do biogás. Stinner detalha que, após a fermentação e produção do biogás, as substâncias orgânicas que sobram podem ainda ser aproveitadas como adubo na agricultura. A maior dificuldade quanto a essa iniciativa é no campo logístico, pois os nutrientes estão misturados com água.

No Rio Grande do Sul, a Sulgás é uma das interessadas na viabilização e compra do biogás, afirma o engenheiro de produção da estatal gaúcha Cristiano Rickmann. “Se houver produção, conseguiríamos facilmente jogá-la na nossa rede”, diz o engenheiro. Ele ressalta que testes envolvendo plantas-piloto estão sendo conduzidos e demonstram que as aplicações veiculares e industriais são bem semelhantes às do gás natural convencional.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Alternativa que faz diferença

Brasil pode suprir escassez de gás natural com o combustível renovável e ainda resolver sérios problemas ambientais

[21.06.2013] 15h59m / Por Julio Santos

A inauguração, em junho, da central Gás Verde S/A, que vai captar 190 mil m3 diários de biogás do lixo acumulado no aterro de Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), para suprir a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) com um combustível mais puro que o gás natural fornecido pela própria Petrobras, poderia ser apenas um projeto de sustentabilidade, em um momento em que boa parte da sociedade vê com bons olhos iniciativas de cunho ambiental. Entretanto, mais do que isso, a usina carioca é a mais recente entre as várias ações de peso que vêm acontecendo em diversos estados, como o próprio Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, demonstrando que, em tempos de escassez de gás natural, o biogás pode, sim, ocupar lugar de destaque no mercado energético brasileiro.

No Rio, o governo estadual obrigou as distribuidoras CEG e CEG Rio a comprar todo o combustível produzido em aterros do estado, até um limite de 5% do volume comercializado por essas empresas. Em São Paulo, a iniciativa governamental, chamada Programa Paulista de Biogás, visa obter o energético da vinhaça, um resíduo oriundo da produção de etanol. E em Santa Catarina – um dos estados brasileiros que mais sofre com a escassez de gás natural, tendo, inclusive, demanda reprimida –, a aposta se dá no biogás oriundo de aterros sanitários, mas sobretudo do setor agropecuário, especificamente, da suinocultura.

O potencial do biogás no Brasil, de fato, surpreende. Em sua dissertação de mestrado “Potencial de Aproveitamento Energético do Biogás no Brasil”, feita para a Coppe/UFRJ entre o fim de 2009 e início de 2010, André Luiz Zanette apontava um potencial de produção de nada menos de 50 milhões de m3 diários do biocombustível – e isso há cerca de três anos. Número não tão distante da atual produção nacional de gás natural, na faixa de 70 milhões de m3/dia.

“Tecnicamente é possível aproveitar todo esse potencial, pois o biogás tem uma série de aplicações, como a elétrica e a térmica, podendo ser adaptado para muitos processos industriais”, observa Suani Teixeira, do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), da USP.

Iniciativas de governo

Apesar de versátil no uso, o biogás tem pela frente uma longa estrada. Assim como ocorre com todas as fontes de energia entrantes no mercado, sua geração em escala esbarra em fatores como o custo Brasil e o cenário econômico, que breca investimentos de retorno mais demorado. As poucas usinas movidas por esse combustível enfrentam o olhar ainda desconfiado do investidor. Questões tecnológicas, falta de políticas de incentivo adequadas, regulamentação e a conexão da energia gerada na rede figuram entre os pontos que precisam evoluir para a fonte deslanchar.

Algumas iniciativas governamentais, porém, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), políticas estaduais de estímulo à adição de um percentual de biogás no gás canalizado e o programa estratégico de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrem caminho para o país explorar melhor o potencial da recuperação energética de resíduos sólidos, estações de tratamento de esgoto e dejetos de animais. E também criam espaço para que o energético se torne uma alternativa ao gás fóssil.

Um bom exemplo nesse sentido foi a medida tomada desde o ano passado pelo governo estadual do Rio, que obrigou as distribuidoras CEG e CEG Rio a comprar combustível produzido em aterros sanitários do estado. O governo fluminense estima que, como resultado, haja espaço para cinco projetos, com capacidade para 500 mil m3/dia – um deles é justamente a central Gás Verde S/A.

A capacidade da usina de Gramacho é de 70 milhões de m3/ano, ou pouco mais de 190 mil m3/dia – equivalente à metade das vendas de gás natural no Rio Grande do Norte, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), e a 10% consumo da Reduc. O projeto, iniciado em 2009, demandou investimentos de R$ 240 milhões, e o valor do contrato de 20 anos com a Petrobras está orçado em R$ 800 milhões.

Seguindo o exemplo do Rio, o governo paulista publicou um decreto em dezembro passado que vai tornar obrigatória a adição de um percentual mínimo de biogás na distribuição canalizada no estado. A legislação, batizada de Programa Paulista de Biogás, prevê também outros incentivos para aproveitar o grande potencial de produção do biocombustível, sobretudo a partir da vinhaça, resíduo da indústria de cana-de-açúcar. Afinal, estima-se que o estado possa gerar até 5 milhões de m³/dia de biogás de vinhaça – para cada litro de etanol são jogados no ambiente de dez a 12 litros daquele resíduo.

São Paulo, aliás, foi o primeiro estado do país a aproveitar biogás de lixo para gerar energia. Os aterros Bandeirantes e São João, na região metropolitana da capital, têm hoje capacidade instalada de 20 MW e 21,5 MW, respectivamente.

No entanto, o estado que mais corre para aproveitar o biogás é Santa Catarina. A SCGás tenta agilizar a produção do energético como alternativa ao gás natural, diante da falta desse combustível. A distribuidora, que hoje trabalha com uma oferta máxima de 2 milhões de m3/dia, já está recusando contratos por falta do energético.

Por isso a concessionária pretende inserir, até o fim de 2015, o biometano gerado por um aterro sanitário da Grande Florianópolis. A expectativa da empresa é que o projeto, de R$ 8 milhões, tenha capacidade para gerar entre 40 mil e 50 mil m3/dia de biometano.

Segundo estudos da companhia, o estado tem potencial para gerar até 3 milhões de m3/dia. A Concessionária está discutindo ativamente com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a regulamentação da operação com biogás e a adequação química do energético.

O interesse da SCGás não é sem motivo. Em termos de abastecimento de gás fóssil, a situação da região Sul é a mais crítica do país. De acordo com estudo do Grupo de Economia da Energia, do Instituto de Economia da UFRJ, a demanda de gás para a região é de 10 milhões de m3/dia a mais do que é ofertado atualmente.

Em 2030, a demanda diária estimada para o Sul saltará para 34 milhões de m3/dia, o que gera a necessidade urgente de viabilizar outra fonte além do gás importado da Bolívia – a única fonte de suprimento da região.

A principal beneficiada pelo biogás poder ser a indústria. Hoje o segmento precisa disputar com as térmicas o insumo e vem sendo deixado de lado nos planos de expansão do governo e da Petrobras.

terça-feira, 21 de maio de 2013

BIOGÁS - O lixo que vira energia

por andre trigueiro
A demanda por energia no mundo cresce de forma tão preocupante quanto o volume de lixo. Harmonizar de forma inteligente essas curvas de crescimento constitui um dos grandes desafios tecnológicos da atualidade. Essa é a razão pela qual vem crescendo rapidamente o número de países que investem no aproveitamento energético do lixo. São basicamente duas as rotas tecnológicas empregadas para alcançar esse objetivo: a queima direta dos resíduos (waste-to-energy) ou a queima do biogás produzido a partir da decomposição da matéria orgânica do lixo.
Existem hoje no mundo aproximadamente 1,5 mil usinas térmicas que queimam o lixo para gerar energia ou calor. O Japão, o bloco europeu, a China e os Estados Unidos lideram o ranking. No Brasil, não há térmicas com esse perfil em operação, embora alguns municípios estejam bastante interessados no assunto. A tecnologia é cara e o custo do megawatt-hora bastante elevado em relação à energia convencional. A vantagem é a transformação do lixo queimado a aproximadamente 12% de seu tamanho original em cinzas, que podem ser usadas (se forem inertes) como base de asfalto ou matéria-prima para a construção civil. Sem uma política pública que estimule essa fonte de energia com a redução de

sábado, 27 de abril de 2013

Biogás seria suficiente para abastecer município do Rio de Janeiro. Existem hoje, no mundo, 1.483 usinas térmelétricas a lixo.

Em boa parte do mundo, o problema do lixo se transformou em solução energética. Existem hoje 1.483 usinas térmicas que queimam resíduos para produzir energia. O Japão lidera o ranking com 800 oitocentas usinas, seguido do bloco europeu (452), China (100), e Estados Unidos (86).

No Brasil, há apenas um protótipo com tecnologia 100% nacional operando no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão. É a Usina Verde. A plena carga, uma usina como essa é capaz de produzir energia suficiente para abastecer 15 mil residências, mas o custo ainda é elevado. Só o protótipo ficou em aproximadamente R$ 50 milhões.

Mais do que produzir energia, o grande beneficio da Usina Verde é transformar lixo em cinzas. Para cada tonelada de resíduo que entra no forno, saem 120 kg de material carbonizado. É menos volume e menos peso.

“Essas cinzas podem ser aproveitadas em calçamento ou base asfáltica para pavimentação de cidades, ou pode ir para aterros, ocupando 12% da área que seria ocupada normalmente com todos os resíduos sendo destinados”, diz Mário Amato Neto, presidente da Usina Verde.

A outra forma de produzir energia a partir do lixo já começa a ganhar escala no Brasil. É o biogás. A parte orgânica do lixo, que é aquela composta principalmente de restos de comida, podas de árvore ou qualquer resíduo de origem animal ou vegetal, leva aproximadamente seis meses para se decompor e virar gás metano, um gás de efeito estufa, de fácil combustão.

São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a aproveitar o biogás como fonte de energia. Vinte e quatro geradores de alta potência queimam todo o gás do lixo. As máquinas transformam o biogás do aterro em energia elétrica suficiente para abastecer 35 mil domicílios da cidade de São Paulo.

São dois aterros: juntos, o Bandeirantes e o São João respondem por mais de 2% de toda a energia elétrica consumida na maior cidade do país. A queima do biogás ainda gera receitas extras para o município. São os créditos de carbono.

Até junho do ano passado, era o maior aterro de lixo da América Latina. A partir deste ano, Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, passará a ser o único fornecedor de biogás do mundo para uma refinaria de petróleo (leia mais). É um negócio sem precedentes, que dará um destino mais nobre e lucrativo para milhões de metros cúbicos de gás.

“Estamos estimando que isso vai gerar 70 milhões de m³ de metano quase que puros, que vão ser fornecidos à Reduc após processamento”, afirma Eduardo Levenhagen, diretor da Novo Gramacho e da Gás Verde. Até julho, o gás de lixo já estará sendo bombeado até a refinaria Para isso, foram instalados 300 pontos de captação.

Do aterro, o biogás será levado até uma estação de tratamento para a retirada de impurezas. Dali, seguirá por um gasoduto de seis quilômetros de extensão até a refinaria Duque de Caxias. O volume de biogás bombeado a cada dia para a Reduc vai equivaler a 10% de todo o consumo da refinaria.

Em um país que gera 182.728 toneladas de lixo por dia, dá para imaginar o que isso significa em termos de energia? Pelas contas do Ministério do Meio Ambiente, considerando os 56 maiores aterros do país, a estimativa é que o biogás acumulado seria suficiente para abastecer de energia elétrica uma população equivalente à do município do Rio de Janeiro.

O cenário para 2020 aponta uma produção ainda maior de energia, suficiente para abastecer 8,8 milhões de pessoas, a população de Pernambuco. Nesta quinta-feira (28), a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública divulgou que a produção nos 22 aterros onde a captação de biogás é uma realidade já é suficiente para abastecer de energia 1,67 milhão de pessoas.

Especialistas garantem que o biogás pode ser um bom negócio. “Pode ser rentável, mas tem que ser feito com muita cautela. O governo tem que fazer a parte dele também, investir em incentivos”, diz Cintia Philippi Salles, gerente de gestão e sustentabilidade da Arcadis Logos.
Tanto o lixo urbano quanto os resíduos agrícolas têm potencial para turbinar a matriz energética brasileira. Para um país que tem fome de energia, não dá mais para abrir mão do que ainda insistimos em chamar de lixo.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Energia limpa na Cidade da UEA

Projeto desenvolvido na instituição prevê o uso de várias matrizes 
Fluxograma mostra como será o abastecimento de energia da Cidade Universitária, no município de Iranduba. Ela terá luz fornecida a partir de várias matrizes, como gás natural, plasma gaseificado, biodigestor e ainda painéis solares (Divulgação)

O projeto da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que será construída no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), vai trazer, além das inovações anunciadas pelo governador Omar Aziz (PSD), de ser um polo educacional, econômico e cultural; soluções inéditas na área energética. Um projeto contemplando diversas matrizes energéticas como a solar, biogás, biodiesel, além da convencional, está sendo elaborado pelos professores da Escola Superior de Tecnologia (EST) Raimundo Cláudio Souza Gomes, 48, doutorando em Engenharia Elétrica, e Ricardo Serudo, 35, doutor em Química.

Projetada para ser instalada numa área de 13 milhões de metros quadrados, a Cidade Universitária tem que receber projetos de vanguarda, na opinião dos professores, que para a geração de energia querem contemplar cinco matrizes energéticas como a solar, biogás, biodiesel, lixo e gás em duas redes de distribuição, a contínua e a alternada, que é a convencional. Para eles, essas soluções, futuramente, poderão ser replicadas e resolver os problemas do parque energético do Amazonas, que são crônicos.

SISTEMAS

No projeto, os professores integram os sistemas de distribuição convencional de energia. A energia solar será captada da cobertura dos prédios das unidades por painéis e disponibilizados na rede. Haverá também coleta dos efluentes sanitários que, através do processo de biodigestão, vão gerar biogás e a partir dele energia limpa.

O fato do Amazonas ter a segunda reserva de gás natural do País, segundo Ricardo Serudo, não permite que se pense numa geração de energia para a UEA sem utilizar no gás natural, que é uma fonte mais limpa e ambientalmente mais sustentável que o diesel. E inspirados em estudos que estão ocorrendo na Europa e já vêm sendo experimentados em algumas cidades de São Paulo no uso do lixo como fonte para geração de energia, eles propõem o uso de uma nova tecnologia denominada de gaseificação de plasma, na qual o lixo é queimado a uma temperatura tão elevada que decompõe os componentes primários. Embora de custo elevado, essa alternativa pode ser viabilizada em parceria público privada para ser viável, dizem eles, lembrando que outros resíduos como lixo hospitalar e pneus podem ser tratados pela gaseificação, o que do ponto de vista ambiental é recomendável.

Projeto tem soluções ousadas

O projeto da matriz energética para a Cidade Universitária terá várias soluções integradas que por si só será uma atração turística, explica Ricardo Serudo. “Estamos sonhando alto como o governador ao propor a construção da cidade”, assegurou Raimundo Cláudio, observando que o sistema elétrico não pode ser inferior às inovações projetadas para o complexo. Assegurando que são soluções tecnicamente possíveis de serem feitas, inclusive economicamente viáveis, os dois esperam ver o projeto aprovado e implantado, pois traz soluções propostas por quem conhece os problemas e o potencial do Estado.

fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus/Manaus-Amazonas-Amazonia-cotidiano-politica-UEA-estudos-educacao-interior_do_amazonas-Iranduba-AM-Governo_do_Amazonas-Ecologia-Meio_ambiente-Energia_Limpa-gas_natural-paineis_solares-Sustentabilidade-_Energia_0_736726325.html

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