Por André Magnabosco
Em busca de acesso a um gás natural mais competitivo, a Comgás analisa alternativas para diversificar a origem do insumo e reduzir, dessa forma, a dependência do volume e das condições comerciais impostas pela Petrobras. Entre as alternativas em estudo estão o aproveitamento do biogás, gerado a partir de resíduos sólidos e do aproveitamento da linhaça, e do gás natural que será extraído do pré-sal explorado na bacia de Santos, na costa brasileira.
“Estamos trabalhando fortemente em várias áreas. Há alternativas de biogás nos aterros sanitários e na linhaça. São duas matérias-primas bastante abundantes no Estado”, destacou o presidente da Comgás, Luis Henrique Guimarães, durante teleconferência com jornalistas realizada nesta quarta-feira, 13.
Da costa, a Comgás também analisa o potencial volume de gás a ser explorado no pós e, principalmente, no pré-sal da bacia de Santos. Em maio passado, Guimarães já havia comentado que a criação de um gasoduto que interligasse a costa à base da Comgás garantiria aumento da oferta do insumo para a região. Ao mesmo tempo, a possibilidade de adquirir gás de outros players é apontada como uma alternativa para ter acesso a preços mais competitivos.
“Trabalhamos para que o plano 2014-2019 abranja a necessidade de criação de uma infraestrutura adicional, para que se incorpore os benefícios do biogás e do pré-sal. Se não tivermos infraestrutura, o gás (do pré-sal) continuará indo para outros Estados”, afirmou Guimarães, destacando um dos temas que devem nortear a análise da Comgás em relação à revisão tarifária prevista para o período 2014-2019.
O processo de revisão tarifária, que deveria ocorrer até maio deste ano, foi postergado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) para janeiro de 2015.
Concorrência
Criar rotas de acesso ao gás natural é considerado uma prioridade dentro da Comgás, companhia que reclama contra os preços diferenciados adotados pela Petrobras em diferentes mercados. A companhia alega que os valores cobrados em outros Estados, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, e até mesmo em São Paulo, na área atendida pela Gas Brasiliano, pode ser até 10% menor do que o pago pela Comgás, a mais distribuidora de gás do País.
Por isso, a companhia recorreu na Justiça na tentativa de garantir isonomia de preços.”É mais ou menos parecido com uma guerra fiscal. Nosso único pleito é de que o gás seja equivalente”, destacou. Guimarães, contudo, preferiu não comentar o andamento da disputa judicial.
Ao mesmo tempo em que a disputa na Justiça se realiza, a Comgás vê espaço para o acesso a novas fontes, em um processo que deve ocorrer de duas formas. A primeira, em um prazo mais curto, seria a partir do aproveitamento do biogás, em projetos de menor dimensão. A segunda seria o aproveitamento do gás extraído de águas ultraprofundas, alternativa que, no entanto, deve ser viável apenas na próxima década.
“Em larga escala, algo acima da metade da necessidade da Comgás, teremos só na próxima década, mas 2020 está logo aí. Para projetos dessa natureza, cinco anos é considerado curto prazo”, salientou. “Acredito que veremos movimentações bastante importantes, como a concessão de licenças, por exemplo, já a partir do ano que vem”, complementou Guimarães.
Fonte: A Tarde On Line
Mostrando postagens com marcador biogás. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador biogás. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Setor do biogás precisa de políticas públicas
Especialista sugere a criação de uma legislação específica, que permitirá o desenvolvimento da atividade no País
Por Jefferson Klein
Apontado como uma solução energética e ambientalmente correta, o biogás tem um longo caminho para percorrer no País para se aproximar de realidades de nações como, por exemplo, a Alemanha. Durante o 5º Seminário do Biogás, promovido ontem pela Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre, ficou claro que é necessária uma legislação específica para esse assunto e que o governo precisa dar uma atenção especial ao setor para que o segmento se desenvolva.
O diretor-presidente da Eco Conceitos, Ércio Kriek, é um dos especialistas na área que defende a concretização de políticas públicas que facilitem a comercialização e o uso do biogás (que pode ser gerado por restos agrícolas ou dejetos de animais, como suínos e aves, além de resíduos orgânicos das cidades). O dirigente acredita que o Brasil tem potencial para aprimorar esse mercado.
De acordo com o empresário, o governo deveria conceder incentivos para esse segmento, pois se trata de um ganho ambiental muito grande. Kriek ressalta que já existem vários biodigestores no País. Porém, ele adverte que muitos não possuem a tecnologia bem elaborada da Europa. Isso acaba decepcionando os empreendedores, que não conseguem os resultados esperados.
Entre os aproveitamentos do biogás estão a geração de energia elétrica e em aplicações semelhantes as do gás natural, utilizado por indústrias, comércio e veículos. Kriek ressalta que o biogás é uma fonte energética que os europeus já dominam e usufruem. O empresário informa que, na Alemanha, existem mais de 7 mil biodigestores que produzem gás e possibilitam, consequentemente, a geração de energia elétrica. Na região da Baixa Saxônia, cerca de 25% do consumo de eletricidade é atendido pelos geradores de biogás. “No Brasil, neste primeiro momento, o sistema está sendo mais uma forma de tratar os resíduos, os rejeitos”, argumenta o dirigente. Atualmente, as experiências com o biogás no País são todas, praticamente, individuais para atender a demandas específicas.
O consultor da MT-Energie Tecnologia do Biogás Mario Coelho concorda que o desenvolvimento do biogás passa pela construção de uma legislação que lhe dê condições de comercialização. Para o especialista, a primeira opção de uso do insumo no Brasil em maior escala seria na produção de energia elétrica. Entretanto, Coelho indica possibilidades também na substituição do GLP, como gás de cozinha. O consultor acrescenta que os créditos de carbono poderiam ser um subproduto da atividade. Coelho adverte que não se deve desenvolver um projeto de biogás com os créditos como finalidade. Isso porque esse benefício só é concedido a empreendimentos que não sairiam do papel sem o apoio, e muitos complexos de biogás podem ser viáveis economicamente.
Walter Stinner, integrante do Deutsches Biomasseforschungs-zentrum (Centro Alemão para Pesquisa em Biomassa), enfatiza a versatilidade dos aproveitamentos do biogás. Stinner detalha que, após a fermentação e produção do biogás, as substâncias orgânicas que sobram podem ainda ser aproveitadas como adubo na agricultura. A maior dificuldade quanto a essa iniciativa é no campo logístico, pois os nutrientes estão misturados com água.
No Rio Grande do Sul, a Sulgás é uma das interessadas na viabilização e compra do biogás, afirma o engenheiro de produção da estatal gaúcha Cristiano Rickmann. “Se houver produção, conseguiríamos facilmente jogá-la na nossa rede”, diz o engenheiro. Ele ressalta que testes envolvendo plantas-piloto estão sendo conduzidos e demonstram que as aplicações veiculares e industriais são bem semelhantes às do gás natural convencional.
Por Jefferson Klein
Apontado como uma solução energética e ambientalmente correta, o biogás tem um longo caminho para percorrer no País para se aproximar de realidades de nações como, por exemplo, a Alemanha. Durante o 5º Seminário do Biogás, promovido ontem pela Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre, ficou claro que é necessária uma legislação específica para esse assunto e que o governo precisa dar uma atenção especial ao setor para que o segmento se desenvolva.
O diretor-presidente da Eco Conceitos, Ércio Kriek, é um dos especialistas na área que defende a concretização de políticas públicas que facilitem a comercialização e o uso do biogás (que pode ser gerado por restos agrícolas ou dejetos de animais, como suínos e aves, além de resíduos orgânicos das cidades). O dirigente acredita que o Brasil tem potencial para aprimorar esse mercado.
De acordo com o empresário, o governo deveria conceder incentivos para esse segmento, pois se trata de um ganho ambiental muito grande. Kriek ressalta que já existem vários biodigestores no País. Porém, ele adverte que muitos não possuem a tecnologia bem elaborada da Europa. Isso acaba decepcionando os empreendedores, que não conseguem os resultados esperados.
Entre os aproveitamentos do biogás estão a geração de energia elétrica e em aplicações semelhantes as do gás natural, utilizado por indústrias, comércio e veículos. Kriek ressalta que o biogás é uma fonte energética que os europeus já dominam e usufruem. O empresário informa que, na Alemanha, existem mais de 7 mil biodigestores que produzem gás e possibilitam, consequentemente, a geração de energia elétrica. Na região da Baixa Saxônia, cerca de 25% do consumo de eletricidade é atendido pelos geradores de biogás. “No Brasil, neste primeiro momento, o sistema está sendo mais uma forma de tratar os resíduos, os rejeitos”, argumenta o dirigente. Atualmente, as experiências com o biogás no País são todas, praticamente, individuais para atender a demandas específicas.
O consultor da MT-Energie Tecnologia do Biogás Mario Coelho concorda que o desenvolvimento do biogás passa pela construção de uma legislação que lhe dê condições de comercialização. Para o especialista, a primeira opção de uso do insumo no Brasil em maior escala seria na produção de energia elétrica. Entretanto, Coelho indica possibilidades também na substituição do GLP, como gás de cozinha. O consultor acrescenta que os créditos de carbono poderiam ser um subproduto da atividade. Coelho adverte que não se deve desenvolver um projeto de biogás com os créditos como finalidade. Isso porque esse benefício só é concedido a empreendimentos que não sairiam do papel sem o apoio, e muitos complexos de biogás podem ser viáveis economicamente.
Walter Stinner, integrante do Deutsches Biomasseforschungs-zentrum (Centro Alemão para Pesquisa em Biomassa), enfatiza a versatilidade dos aproveitamentos do biogás. Stinner detalha que, após a fermentação e produção do biogás, as substâncias orgânicas que sobram podem ainda ser aproveitadas como adubo na agricultura. A maior dificuldade quanto a essa iniciativa é no campo logístico, pois os nutrientes estão misturados com água.
No Rio Grande do Sul, a Sulgás é uma das interessadas na viabilização e compra do biogás, afirma o engenheiro de produção da estatal gaúcha Cristiano Rickmann. “Se houver produção, conseguiríamos facilmente jogá-la na nossa rede”, diz o engenheiro. Ele ressalta que testes envolvendo plantas-piloto estão sendo conduzidos e demonstram que as aplicações veiculares e industriais são bem semelhantes às do gás natural convencional.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Alternativa que faz diferença
Brasil pode suprir escassez de gás natural com o combustível renovável e ainda resolver sérios problemas ambientais
[21.06.2013] 15h59m / Por Julio Santos
A inauguração, em junho, da central Gás Verde S/A, que vai captar 190 mil m3 diários de biogás do lixo acumulado no aterro de Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), para suprir a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) com um combustível mais puro que o gás natural fornecido pela própria Petrobras, poderia ser apenas um projeto de sustentabilidade, em um momento em que boa parte da sociedade vê com bons olhos iniciativas de cunho ambiental. Entretanto, mais do que isso, a usina carioca é a mais recente entre as várias ações de peso que vêm acontecendo em diversos estados, como o próprio Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, demonstrando que, em tempos de escassez de gás natural, o biogás pode, sim, ocupar lugar de destaque no mercado energético brasileiro.
No Rio, o governo estadual obrigou as distribuidoras CEG e CEG Rio a comprar todo o combustível produzido em aterros do estado, até um limite de 5% do volume comercializado por essas empresas. Em São Paulo, a iniciativa governamental, chamada Programa Paulista de Biogás, visa obter o energético da vinhaça, um resíduo oriundo da produção de etanol. E em Santa Catarina – um dos estados brasileiros que mais sofre com a escassez de gás natural, tendo, inclusive, demanda reprimida –, a aposta se dá no biogás oriundo de aterros sanitários, mas sobretudo do setor agropecuário, especificamente, da suinocultura.
O potencial do biogás no Brasil, de fato, surpreende. Em sua dissertação de mestrado “Potencial de Aproveitamento Energético do Biogás no Brasil”, feita para a Coppe/UFRJ entre o fim de 2009 e início de 2010, André Luiz Zanette apontava um potencial de produção de nada menos de 50 milhões de m3 diários do biocombustível – e isso há cerca de três anos. Número não tão distante da atual produção nacional de gás natural, na faixa de 70 milhões de m3/dia.
“Tecnicamente é possível aproveitar todo esse potencial, pois o biogás tem uma série de aplicações, como a elétrica e a térmica, podendo ser adaptado para muitos processos industriais”, observa Suani Teixeira, do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), da USP.
Iniciativas de governo
[21.06.2013] 15h59m / Por Julio Santos
A inauguração, em junho, da central Gás Verde S/A, que vai captar 190 mil m3 diários de biogás do lixo acumulado no aterro de Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), para suprir a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) com um combustível mais puro que o gás natural fornecido pela própria Petrobras, poderia ser apenas um projeto de sustentabilidade, em um momento em que boa parte da sociedade vê com bons olhos iniciativas de cunho ambiental. Entretanto, mais do que isso, a usina carioca é a mais recente entre as várias ações de peso que vêm acontecendo em diversos estados, como o próprio Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, demonstrando que, em tempos de escassez de gás natural, o biogás pode, sim, ocupar lugar de destaque no mercado energético brasileiro.
No Rio, o governo estadual obrigou as distribuidoras CEG e CEG Rio a comprar todo o combustível produzido em aterros do estado, até um limite de 5% do volume comercializado por essas empresas. Em São Paulo, a iniciativa governamental, chamada Programa Paulista de Biogás, visa obter o energético da vinhaça, um resíduo oriundo da produção de etanol. E em Santa Catarina – um dos estados brasileiros que mais sofre com a escassez de gás natural, tendo, inclusive, demanda reprimida –, a aposta se dá no biogás oriundo de aterros sanitários, mas sobretudo do setor agropecuário, especificamente, da suinocultura.
O potencial do biogás no Brasil, de fato, surpreende. Em sua dissertação de mestrado “Potencial de Aproveitamento Energético do Biogás no Brasil”, feita para a Coppe/UFRJ entre o fim de 2009 e início de 2010, André Luiz Zanette apontava um potencial de produção de nada menos de 50 milhões de m3 diários do biocombustível – e isso há cerca de três anos. Número não tão distante da atual produção nacional de gás natural, na faixa de 70 milhões de m3/dia.
“Tecnicamente é possível aproveitar todo esse potencial, pois o biogás tem uma série de aplicações, como a elétrica e a térmica, podendo ser adaptado para muitos processos industriais”, observa Suani Teixeira, do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), da USP.
Iniciativas de governo
Apesar de versátil no uso, o biogás tem pela frente uma longa estrada. Assim como ocorre com todas as fontes de energia entrantes no mercado, sua geração em escala esbarra em fatores como o custo Brasil e o cenário econômico, que breca investimentos de retorno mais demorado. As poucas usinas movidas por esse combustível enfrentam o olhar ainda desconfiado do investidor. Questões tecnológicas, falta de políticas de incentivo adequadas, regulamentação e a conexão da energia gerada na rede figuram entre os pontos que precisam evoluir para a fonte deslanchar.
Algumas iniciativas governamentais, porém, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), políticas estaduais de estímulo à adição de um percentual de biogás no gás canalizado e o programa estratégico de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrem caminho para o país explorar melhor o potencial da recuperação energética de resíduos sólidos, estações de tratamento de esgoto e dejetos de animais. E também criam espaço para que o energético se torne uma alternativa ao gás fóssil.
Um bom exemplo nesse sentido foi a medida tomada desde o ano passado pelo governo estadual do Rio, que obrigou as distribuidoras CEG e CEG Rio a comprar combustível produzido em aterros sanitários do estado. O governo fluminense estima que, como resultado, haja espaço para cinco projetos, com capacidade para 500 mil m3/dia – um deles é justamente a central Gás Verde S/A.
A capacidade da usina de Gramacho é de 70 milhões de m3/ano, ou pouco mais de 190 mil m3/dia – equivalente à metade das vendas de gás natural no Rio Grande do Norte, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), e a 10% consumo da Reduc. O projeto, iniciado em 2009, demandou investimentos de R$ 240 milhões, e o valor do contrato de 20 anos com a Petrobras está orçado em R$ 800 milhões.
Seguindo o exemplo do Rio, o governo paulista publicou um decreto em dezembro passado que vai tornar obrigatória a adição de um percentual mínimo de biogás na distribuição canalizada no estado. A legislação, batizada de Programa Paulista de Biogás, prevê também outros incentivos para aproveitar o grande potencial de produção do biocombustível, sobretudo a partir da vinhaça, resíduo da indústria de cana-de-açúcar. Afinal, estima-se que o estado possa gerar até 5 milhões de m³/dia de biogás de vinhaça – para cada litro de etanol são jogados no ambiente de dez a 12 litros daquele resíduo.
São Paulo, aliás, foi o primeiro estado do país a aproveitar biogás de lixo para gerar energia. Os aterros Bandeirantes e São João, na região metropolitana da capital, têm hoje capacidade instalada de 20 MW e 21,5 MW, respectivamente.
No entanto, o estado que mais corre para aproveitar o biogás é Santa Catarina. A SCGás tenta agilizar a produção do energético como alternativa ao gás natural, diante da falta desse combustível. A distribuidora, que hoje trabalha com uma oferta máxima de 2 milhões de m3/dia, já está recusando contratos por falta do energético.
Por isso a concessionária pretende inserir, até o fim de 2015, o biometano gerado por um aterro sanitário da Grande Florianópolis. A expectativa da empresa é que o projeto, de R$ 8 milhões, tenha capacidade para gerar entre 40 mil e 50 mil m3/dia de biometano.
Segundo estudos da companhia, o estado tem potencial para gerar até 3 milhões de m3/dia. A Concessionária está discutindo ativamente com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a regulamentação da operação com biogás e a adequação química do energético.
O interesse da SCGás não é sem motivo. Em termos de abastecimento de gás fóssil, a situação da região Sul é a mais crítica do país. De acordo com estudo do Grupo de Economia da Energia, do Instituto de Economia da UFRJ, a demanda de gás para a região é de 10 milhões de m3/dia a mais do que é ofertado atualmente.
Em 2030, a demanda diária estimada para o Sul saltará para 34 milhões de m3/dia, o que gera a necessidade urgente de viabilizar outra fonte além do gás importado da Bolívia – a única fonte de suprimento da região.
A principal beneficiada pelo biogás poder ser a indústria. Hoje o segmento precisa disputar com as térmicas o insumo e vem sendo deixado de lado nos planos de expansão do governo e da Petrobras.
Algumas iniciativas governamentais, porém, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), políticas estaduais de estímulo à adição de um percentual de biogás no gás canalizado e o programa estratégico de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrem caminho para o país explorar melhor o potencial da recuperação energética de resíduos sólidos, estações de tratamento de esgoto e dejetos de animais. E também criam espaço para que o energético se torne uma alternativa ao gás fóssil.
Um bom exemplo nesse sentido foi a medida tomada desde o ano passado pelo governo estadual do Rio, que obrigou as distribuidoras CEG e CEG Rio a comprar combustível produzido em aterros sanitários do estado. O governo fluminense estima que, como resultado, haja espaço para cinco projetos, com capacidade para 500 mil m3/dia – um deles é justamente a central Gás Verde S/A.
A capacidade da usina de Gramacho é de 70 milhões de m3/ano, ou pouco mais de 190 mil m3/dia – equivalente à metade das vendas de gás natural no Rio Grande do Norte, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), e a 10% consumo da Reduc. O projeto, iniciado em 2009, demandou investimentos de R$ 240 milhões, e o valor do contrato de 20 anos com a Petrobras está orçado em R$ 800 milhões.
Seguindo o exemplo do Rio, o governo paulista publicou um decreto em dezembro passado que vai tornar obrigatória a adição de um percentual mínimo de biogás na distribuição canalizada no estado. A legislação, batizada de Programa Paulista de Biogás, prevê também outros incentivos para aproveitar o grande potencial de produção do biocombustível, sobretudo a partir da vinhaça, resíduo da indústria de cana-de-açúcar. Afinal, estima-se que o estado possa gerar até 5 milhões de m³/dia de biogás de vinhaça – para cada litro de etanol são jogados no ambiente de dez a 12 litros daquele resíduo.
São Paulo, aliás, foi o primeiro estado do país a aproveitar biogás de lixo para gerar energia. Os aterros Bandeirantes e São João, na região metropolitana da capital, têm hoje capacidade instalada de 20 MW e 21,5 MW, respectivamente.
No entanto, o estado que mais corre para aproveitar o biogás é Santa Catarina. A SCGás tenta agilizar a produção do energético como alternativa ao gás natural, diante da falta desse combustível. A distribuidora, que hoje trabalha com uma oferta máxima de 2 milhões de m3/dia, já está recusando contratos por falta do energético.
Por isso a concessionária pretende inserir, até o fim de 2015, o biometano gerado por um aterro sanitário da Grande Florianópolis. A expectativa da empresa é que o projeto, de R$ 8 milhões, tenha capacidade para gerar entre 40 mil e 50 mil m3/dia de biometano.
Segundo estudos da companhia, o estado tem potencial para gerar até 3 milhões de m3/dia. A Concessionária está discutindo ativamente com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a regulamentação da operação com biogás e a adequação química do energético.
O interesse da SCGás não é sem motivo. Em termos de abastecimento de gás fóssil, a situação da região Sul é a mais crítica do país. De acordo com estudo do Grupo de Economia da Energia, do Instituto de Economia da UFRJ, a demanda de gás para a região é de 10 milhões de m3/dia a mais do que é ofertado atualmente.
Em 2030, a demanda diária estimada para o Sul saltará para 34 milhões de m3/dia, o que gera a necessidade urgente de viabilizar outra fonte além do gás importado da Bolívia – a única fonte de suprimento da região.
A principal beneficiada pelo biogás poder ser a indústria. Hoje o segmento precisa disputar com as térmicas o insumo e vem sendo deixado de lado nos planos de expansão do governo e da Petrobras.
terça-feira, 21 de maio de 2013
BIOGÁS - O lixo que vira energia
por andre trigueiro
A demanda por energia no mundo cresce de forma tão preocupante quanto o volume de lixo. Harmonizar de forma inteligente essas curvas de crescimento constitui um dos grandes desafios tecnológicos da atualidade. Essa é a razão pela qual vem crescendo rapidamente o número de países que investem no aproveitamento energético do lixo. São basicamente duas as rotas tecnológicas empregadas para alcançar esse objetivo: a queima direta dos resíduos (waste-to-energy) ou a queima do biogás produzido a partir da decomposição da matéria orgânica do lixo.
Existem hoje no mundo aproximadamente 1,5 mil usinas térmicas que queimam o lixo para gerar energia ou calor. O Japão, o bloco europeu, a China e os Estados Unidos lideram o ranking. No Brasil, não há térmicas com esse perfil em operação, embora alguns municípios estejam bastante interessados no assunto. A tecnologia é cara e o custo do megawatt-hora bastante elevado em relação à energia convencional. A vantagem é a transformação do lixo queimado a aproximadamente 12% de seu tamanho original em cinzas, que podem ser usadas (se forem inertes) como base de asfalto ou matéria-prima para a construção civil. Sem uma política pública que estimule essa fonte de energia com a redução de
sábado, 27 de abril de 2013
Biogás seria suficiente para abastecer município do Rio de Janeiro. Existem hoje, no mundo, 1.483 usinas térmelétricas a lixo.
Em boa parte do mundo, o problema do lixo se transformou em solução energética. Existem hoje 1.483 usinas térmicas que queimam resíduos para produzir energia. O Japão lidera o ranking com 800 oitocentas usinas, seguido do bloco europeu (452), China (100), e Estados Unidos (86).
No Brasil, há apenas um protótipo com tecnologia 100% nacional operando no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão. É a Usina Verde. A plena carga, uma usina como essa é capaz de produzir energia suficiente para abastecer 15 mil residências, mas o custo ainda é elevado. Só o protótipo ficou em aproximadamente R$ 50 milhões.
Mais do que produzir energia, o grande beneficio da Usina Verde é transformar lixo em cinzas. Para cada tonelada de resíduo que entra no forno, saem 120 kg de material carbonizado. É menos volume e menos peso.
“Essas cinzas podem ser aproveitadas em calçamento ou base asfáltica para pavimentação de cidades, ou pode ir para aterros, ocupando 12% da área que seria ocupada normalmente com todos os resíduos sendo destinados”, diz Mário Amato Neto, presidente da Usina Verde.
A outra forma de produzir energia a partir do lixo já começa a ganhar escala no Brasil. É o biogás. A parte orgânica do lixo, que é aquela composta principalmente de restos de comida, podas de árvore ou qualquer resíduo de origem animal ou vegetal, leva aproximadamente seis meses para se decompor e virar gás metano, um gás de efeito estufa, de fácil combustão.
São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a aproveitar o biogás como fonte de energia. Vinte e quatro geradores de alta potência queimam todo o gás do lixo. As máquinas transformam o biogás do aterro em energia elétrica suficiente para abastecer 35 mil domicílios da cidade de São Paulo.
São dois aterros: juntos, o Bandeirantes e o São João respondem por mais de 2% de toda a energia elétrica consumida na maior cidade do país. A queima do biogás ainda gera receitas extras para o município. São os créditos de carbono.
Até junho do ano passado, era o maior aterro de lixo da América Latina. A partir deste ano, Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, passará a ser o único fornecedor de biogás do mundo para uma refinaria de petróleo (leia mais). É um negócio sem precedentes, que dará um destino mais nobre e lucrativo para milhões de metros cúbicos de gás.
“Estamos estimando que isso vai gerar 70 milhões de m³ de metano quase que puros, que vão ser fornecidos à Reduc após processamento”, afirma Eduardo Levenhagen, diretor da Novo Gramacho e da Gás Verde. Até julho, o gás de lixo já estará sendo bombeado até a refinaria Para isso, foram instalados 300 pontos de captação.
Do aterro, o biogás será levado até uma estação de tratamento para a retirada de impurezas. Dali, seguirá por um gasoduto de seis quilômetros de extensão até a refinaria Duque de Caxias. O volume de biogás bombeado a cada dia para a Reduc vai equivaler a 10% de todo o consumo da refinaria.
Em um país que gera 182.728 toneladas de lixo por dia, dá para imaginar o que isso significa em termos de energia? Pelas contas do Ministério do Meio Ambiente, considerando os 56 maiores aterros do país, a estimativa é que o biogás acumulado seria suficiente para abastecer de energia elétrica uma população equivalente à do município do Rio de Janeiro.
O cenário para 2020 aponta uma produção ainda maior de energia, suficiente para abastecer 8,8 milhões de pessoas, a população de Pernambuco. Nesta quinta-feira (28), a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública divulgou que a produção nos 22 aterros onde a captação de biogás é uma realidade já é suficiente para abastecer de energia 1,67 milhão de pessoas.
Especialistas garantem que o biogás pode ser um bom negócio. “Pode ser rentável, mas tem que ser feito com muita cautela. O governo tem que fazer a parte dele também, investir em incentivos”, diz Cintia Philippi Salles, gerente de gestão e sustentabilidade da Arcadis Logos.
Tanto o lixo urbano quanto os resíduos agrícolas têm potencial para turbinar a matriz energética brasileira. Para um país que tem fome de energia, não dá mais para abrir mão do que ainda insistimos em chamar de lixo.
No Brasil, há apenas um protótipo com tecnologia 100% nacional operando no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão. É a Usina Verde. A plena carga, uma usina como essa é capaz de produzir energia suficiente para abastecer 15 mil residências, mas o custo ainda é elevado. Só o protótipo ficou em aproximadamente R$ 50 milhões.
Mais do que produzir energia, o grande beneficio da Usina Verde é transformar lixo em cinzas. Para cada tonelada de resíduo que entra no forno, saem 120 kg de material carbonizado. É menos volume e menos peso.
“Essas cinzas podem ser aproveitadas em calçamento ou base asfáltica para pavimentação de cidades, ou pode ir para aterros, ocupando 12% da área que seria ocupada normalmente com todos os resíduos sendo destinados”, diz Mário Amato Neto, presidente da Usina Verde.
A outra forma de produzir energia a partir do lixo já começa a ganhar escala no Brasil. É o biogás. A parte orgânica do lixo, que é aquela composta principalmente de restos de comida, podas de árvore ou qualquer resíduo de origem animal ou vegetal, leva aproximadamente seis meses para se decompor e virar gás metano, um gás de efeito estufa, de fácil combustão.
São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a aproveitar o biogás como fonte de energia. Vinte e quatro geradores de alta potência queimam todo o gás do lixo. As máquinas transformam o biogás do aterro em energia elétrica suficiente para abastecer 35 mil domicílios da cidade de São Paulo.
São dois aterros: juntos, o Bandeirantes e o São João respondem por mais de 2% de toda a energia elétrica consumida na maior cidade do país. A queima do biogás ainda gera receitas extras para o município. São os créditos de carbono.
Até junho do ano passado, era o maior aterro de lixo da América Latina. A partir deste ano, Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, passará a ser o único fornecedor de biogás do mundo para uma refinaria de petróleo (leia mais). É um negócio sem precedentes, que dará um destino mais nobre e lucrativo para milhões de metros cúbicos de gás.
“Estamos estimando que isso vai gerar 70 milhões de m³ de metano quase que puros, que vão ser fornecidos à Reduc após processamento”, afirma Eduardo Levenhagen, diretor da Novo Gramacho e da Gás Verde. Até julho, o gás de lixo já estará sendo bombeado até a refinaria Para isso, foram instalados 300 pontos de captação.
Do aterro, o biogás será levado até uma estação de tratamento para a retirada de impurezas. Dali, seguirá por um gasoduto de seis quilômetros de extensão até a refinaria Duque de Caxias. O volume de biogás bombeado a cada dia para a Reduc vai equivaler a 10% de todo o consumo da refinaria.
Em um país que gera 182.728 toneladas de lixo por dia, dá para imaginar o que isso significa em termos de energia? Pelas contas do Ministério do Meio Ambiente, considerando os 56 maiores aterros do país, a estimativa é que o biogás acumulado seria suficiente para abastecer de energia elétrica uma população equivalente à do município do Rio de Janeiro.
O cenário para 2020 aponta uma produção ainda maior de energia, suficiente para abastecer 8,8 milhões de pessoas, a população de Pernambuco. Nesta quinta-feira (28), a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública divulgou que a produção nos 22 aterros onde a captação de biogás é uma realidade já é suficiente para abastecer de energia 1,67 milhão de pessoas.
Especialistas garantem que o biogás pode ser um bom negócio. “Pode ser rentável, mas tem que ser feito com muita cautela. O governo tem que fazer a parte dele também, investir em incentivos”, diz Cintia Philippi Salles, gerente de gestão e sustentabilidade da Arcadis Logos.
Tanto o lixo urbano quanto os resíduos agrícolas têm potencial para turbinar a matriz energética brasileira. Para um país que tem fome de energia, não dá mais para abrir mão do que ainda insistimos em chamar de lixo.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Energia limpa na Cidade da UEA
Projeto desenvolvido na instituição prevê o uso de várias matrizes
O projeto da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que será construída no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), vai trazer, além das inovações anunciadas pelo governador Omar Aziz (PSD), de ser um polo educacional, econômico e cultural; soluções inéditas na área energética. Um projeto contemplando diversas matrizes energéticas como a solar, biogás, biodiesel, além da convencional, está sendo elaborado pelos professores da Escola Superior de Tecnologia (EST) Raimundo Cláudio Souza Gomes, 48, doutorando em Engenharia Elétrica, e Ricardo Serudo, 35, doutor em Química.
Projetada para ser instalada numa área de 13 milhões de metros quadrados, a Cidade Universitária tem que receber projetos de vanguarda, na opinião dos professores, que para a geração de energia querem contemplar cinco matrizes energéticas como a solar, biogás, biodiesel, lixo e gás em duas redes de distribuição, a contínua e a alternada, que é a convencional. Para eles, essas soluções, futuramente, poderão ser replicadas e resolver os problemas do parque energético do Amazonas, que são crônicos.
SISTEMAS
No projeto, os professores integram os sistemas de distribuição convencional de energia. A energia solar será captada da cobertura dos prédios das unidades por painéis e disponibilizados na rede. Haverá também coleta dos efluentes sanitários que, através do processo de biodigestão, vão gerar biogás e a partir dele energia limpa.
O fato do Amazonas ter a segunda reserva de gás natural do País, segundo Ricardo Serudo, não permite que se pense numa geração de energia para a UEA sem utilizar no gás natural, que é uma fonte mais limpa e ambientalmente mais sustentável que o diesel. E inspirados em estudos que estão ocorrendo na Europa e já vêm sendo experimentados em algumas cidades de São Paulo no uso do lixo como fonte para geração de energia, eles propõem o uso de uma nova tecnologia denominada de gaseificação de plasma, na qual o lixo é queimado a uma temperatura tão elevada que decompõe os componentes primários. Embora de custo elevado, essa alternativa pode ser viabilizada em parceria público privada para ser viável, dizem eles, lembrando que outros resíduos como lixo hospitalar e pneus podem ser tratados pela gaseificação, o que do ponto de vista ambiental é recomendável.
Projeto tem soluções ousadas
O projeto da matriz energética para a Cidade Universitária terá várias soluções integradas que por si só será uma atração turística, explica Ricardo Serudo. “Estamos sonhando alto como o governador ao propor a construção da cidade”, assegurou Raimundo Cláudio, observando que o sistema elétrico não pode ser inferior às inovações projetadas para o complexo. Assegurando que são soluções tecnicamente possíveis de serem feitas, inclusive economicamente viáveis, os dois esperam ver o projeto aprovado e implantado, pois traz soluções propostas por quem conhece os problemas e o potencial do Estado.
fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus/Manaus-Amazonas-Amazonia-cotidiano-politica-UEA-estudos-educacao-interior_do_amazonas-Iranduba-AM-Governo_do_Amazonas-Ecologia-Meio_ambiente-Energia_Limpa-gas_natural-paineis_solares-Sustentabilidade-_Energia_0_736726325.html
Assinar:
Postagens (Atom)
Postagem em destaque
Agência Minas Gerais | Em Brasília, Governo de Minas discute implantação de gasoduto no Sul do estado
postagens mais vistas
-
In many ways, life has never been better for the U.S. oil and gas industries. Production is up , thanks to new fracking technology. Profit...
-
Steve Coll's global tour of how ExxonMobil, the international "supermajor" and world's most profitable company, still ru...
-
Empresa estuda viabilidade da exploração comercial de reservas em Patos de Minas. O município de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, po...
Marcadores
gás natural
Petrobras
ANP
petróleo e gás
Cid Tomanik Pompeu Filho
gás de xisto
Brasil
consulta pública
pré-sal
gasoduto
11ª Rodada
arsesp
petróleo
Distribuição de Gás Canalizado
energia elétrica
notícias
shale gas
Chevron
gás canalizado
MME
vazamento
GNL
OGX
PEMAT
COMGAS
EUA
comercialização
gasnet
Eni
Cemig
GLP
preço
12 ª Rodada de Licitações
Agenersa
Minas gerais
Total
Urias Martiniano Neto
1º leilão de partilha do petróleo
ABEGÁS
Bolívia
Cosan
Petra Energia
alerta google
gás não convencional
licitação
refinaria
Aneel
Gás Liquefeito de Petróleo
Libra
Shell
São Paulo
petróleo e gás natural
2014
Audiência Pública
BG Group
Maria das Graças Foster
exploração
importação
refino
2013
2015
Argentina
Estados Unidos
Gas Brasiliano
Gasoduto Brasil Central
Gaspetro
Gás Brasiliano
Moçambique
Repsol
Transporte
mercado
serviço público
Anadarko Petroleum
Angola
BP
Estado de São Paulo
Gas Summit Latin America
Gás Natural Liquefeito
Lei do Gás Natural
Uberaba
comercializador
etanol
gás
gás de folhelho
indústria
produção
royalties
12ª Rodada de Licitações
Bacia de Campos
COVID-19
Código Florestal
Desindustrialização
Eventos
Projeto de Lei
RIO+20
Statoil
biogás
economia
energia
produção de petróleo
tarifa
Bacia de Santos
Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
Coronavírus
Curso
Gas Summit Latin America. 2012
Heródoto Barbeiro
Pandemia
Rio de Janeiro
conteúdo local
contrato de fornecimento
distribuição
exploração e produção
gasoduto interestadual
jornal da Record News
partilha
Angola LNG
BG Energy
CNI
Campo de Frade
Comperj
Consumo
Contrato de Gás
Dilma Rousseff
EPE
Estado do Rio de Janeiro
Exxon Mobil
ExxonMobil
HRT
IBAMA
IBDE
IBP
Lei do Gás
Leilão
Luis Fernando Priolli
Luiz Cezar Quintans
Queiroz Galvão
Record News
TGBC
TPSA
carvão mineral
distribuidoras
gás boliviano
indústria de petróleo e gás
infraestrutura
petróleo de xisto
termoelétrica
usuário
vetos
ABRACE
Alagoas
Autoimportador
Brazil
CEG RIO
CNOOC
Cid Tomanik
Cowan Petróleo e Gás
Direito de Águas
Ecopetrol
Empresa de Pesquisa Energética
FIRJAN
Fábrica de Fertilizantes
GAS ENERGY
Galp
Gasmig
Gazprom
Governo
Grupo EBX
ICMS
Imetame Energia
Malha de gasodutos de transporte
Mitsui
México
Ouro Preto Óleo e Gás
Peru
Portaria
Pré -Sal Petróleo S.A.
Recuperação Judicial
Refinaria de Manguinhos
Regulatório
Revisão Tarifária
SCgás
Sonangol
Termelétrica
Tomanik Pompeu Sociedade de Advogados
União
YPF
competitividade
decreto
desaceleração
desconto
diesel
falta de gás natural
fornecimento
gasolina
geração de energia
jurisprudência
mercado livre
onshore
produção e exploração
reajuste
rede de transporte
santos
take or pay
13ª Rodada de Licitações
14º Encontro de Energia
API
ARSAL
Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis
Agência Reguladora
American Petroleum Institute
Anadarko
Autoprodutor
Autoprodutores
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE:
BHP Billiton Petroleum Pty
Bacia do Solimões
Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural
Brasoil Manati Exploração Petrolífera
CCEE
CEG
CNPC
CNPE
COFINS
Campinas
Carta-Compromisso
Cid Tomanik Pompeu
Colombia
Comerc
Competência Privada
Confederação Nacional da Indústria
Congresso
Consultoria
Consumidores Livres
Cottidianus Energy News
Câmara dos Deputados
Espírito Santo
Estados
Exxon Brasil
FIESC
FIESP/CIESP
GNC
Galp Energia
Geopark Holding
HRT Participações
Internacional
Justiça Federal
LLX
Lei do Petróleo
Leilão de Venda de Energia
Literatura
Livro
MPF
Medida Provisória
Monopólio
Mubalála
Multas Operacionais
Neuquén
Niko Resources
ONS
OPEP
Pacto Global
Petroleiras
Produção Industrial
QGEP
Regulamenta
Resoluções ANP
Russia
STF
Sabre Internacional de Energia
Santos Offshore
Sinochem
Sinopec
Tanzânia
Tradener
Transocean
Vesna Marinkovic Uzqueda
YPFB
biodiesel
blog
bovespa
carvão
comercilizador
concessionárias de distribuição de gás natural canalizado
concessão
consultor
consumidor industrial
consumidor livre
convencionais
deputado Mendes Thame
desinvestimento
eletricidade
estatística
expansão da malha dutoviária
falta
folhelho
indústria química
interrupção
investimento estrangeiro
investimentos externos
market share
meio ambiente
mercado de gás
mão de obra
não convencionais
oil e gas.
prestadora de serviços
rede de distribuição
rede distribuição
regulamentação
renovações das concessões
reservas de gás
serviço local de gás canalizado
termogás
térmicas
usina Termelétrica
usina térmica
usuário livre
venda de ativos
óleo
óleo combustível
1948
2012
2016
2020
3ª Revisão Quinquenal
ADIN
AES
ANP Resolução 52 de 2011
AUMENTO
Accelerate Oil Gas 2012
Acre
Adriano Pires
Agente Vendedor
Alasca
Alesp
Aliança do Pacífico
Alvopetro S.A. Extração de Petróleo e Gás
Alvopetro SA Extração de Petróleo e Gás
Amazonas
Anteprojeto do Estatuto do Petróleo
Artigo
Assembleia Legislativa
Associação Brasileira do Carvão Mineral
Auditoria Legal Energética
Austrália
Auto-importadores
BIOMETANO
BP Exploration Operating Company
BRIX
Bacia Potiguar – Setor SPOT-AP1
Bacia Potiguar – Setor SPOT-T3
Bacia Potiguar – Setor SPOT-T5
Bacia da Foz do Amazonas– Setor SFZA-AP1
Bacia da Foz do Amazonas– Setor SFZA-AP2
Bacia da Pará-Maranhão – Setor SPAMA-AP1
Bacia da Pará-Maranhão – Setor SPAMA-AP2
Bacia de Barreirinhas – Setor SBAR-AP1
Bacia de Barreirinhas – Setor SBAR-AP2
Bacia de Barreirinhas – Setor SBAR-AR2
Bacia de Pelotas
Bacia de Pernambuco-Paraíba – Setor SPEPB-AP2
Bacia de Pernambuco-Paraíba – Setor SPEPB-AP3
Bacia de Sergipe-Alagoas – Setor SSEAL-T1
Bacia de Tucano – Setor STUC-S
Bacia do Ceará
Bacia do Ceará – Setor SCE-AP3
Bacia do Espírito Santo – Setor SES-AP2
Bacia do Espírito Santo – Setor SES-T6
Bacia do Foz do Amazonas – Setor SFZA-AR1
Bacia do Foz do Amazonas – Setor SFZA-AR2
Bacia do Parnaíba
Bacia do Parnaíba – Setor SPN-N
Bacia do Parnaíba – Setor SPN-O
Bacia do Parnaíba – Setor SPN-SE
Bacia do Recôncavo – Setor SREC-T1
Bacia do Rio Paraná
Bacias do Pará-Maranhão
Balanço Energético Nacional
Bernardo Gicquel
Bharat Petroleum (BPCL)
Brasoil Manati
Brasoil Round 9
CDE
CEBGAS
CI
CNPB
CSLL
Calamidade Pública
Campo de Roncador
Canal Energia
Capacitação
Cenpeg-BS
Centro Nacional de Estudos e Defesa do Petróleo
Chariot Oil e Gas
China Petroleum
Chipre
Cide
Cigás
Coluna
Combustíveis Líquidos
Comissão de Constituição e Justiça
Comissão de Estudos
Comissão de Infraestrutura
Comma Oil and Chemicals Limited
ConJur
Conama
ConocoPhillps
Conselho Nacional de Política Energética
Constituição de 1946
Consórcio
Contrato
Contratos de Comercialização
Cove Energy
Crônica
Cursos
DECRETO FEDERAL 7382/2010
DIREITORES
De Produção
Departamento de Gás Natural
Duke Energy
EBX
ESA
Ecom
Egito
Eike Batista
Elétricas
Emiratos Unidos
Energy Report
Eneva
Epidemia
Equador
Estado de Sergipe
Estado de São Paulo. Secretaria de Energia
Estatais. energia elétrica
Estatal
Estatização
Estação de Descompressão de Gás Natural Comprimido
Europa
Exxon
Exxon Mobil Corp
FERNANDO Meiter
FRATURAMENTO HIDRÁULICO
Feiras
Fornecedor
Francisval Mendes
Frases em Destaque
Fraturamento Hidráulico Não Convencional
Frente Parlamentar
G3 Óleo e Gás
GASDUC III U
GSF
Gasbol
Gasoduto Sul Andino
Generation Scaling Factor
Governador de São Paulo
Gran Tierra Energy Brasil
Guerra
Gás Natural Fenosa (GNF)
Gás Natural do Brasil
Gás para Crescer
HRT Participações em Petróleo
IBGE
IBV Brasil
IRPJ
Ilhas Malvinas
Indústria petroquímica
Infoenergia
Insegurança jurídica
Interconexão
Iraque
Irati Petróleo e Energia
Irã
Itália
Japão
José Sergio Gabrielli
Jurídica
Karina Martins Araujo Santos
LUKOIL
Latin American Utility Week
Legislação Gás Natural
Licenciamento Ambiental
London School of English
Londres
Luiz Carlos Mendonça Barros
Lupatech
Líbia
MANUAL DE DIREITO DO PETRÓLEO
MMX
MP 579
MPX
Magda Chambriard
Manguinhos. Rio de Janeiro
Mapa Geopolítico
Mar Negro
Mar do Norte
Maranhão
Maricá
Marsk
Matriz energética
Medida Provisória nº 627/2013
Mercado de Curto Prazo
Mercosul
Michael Page
Ministro de Estado de Minas e Energia
Norma ISO 50001
Northon TORREZ VARGAS
Nova Lei do Gás Natural
Nova Petróleo
Nova York
O petróleo é nosso
OABRJ
OGX e OSX
ONU
OTC 2012 – Offshore Technology Conference
Odebrecht
Operador Nacional do Gás
Operador Nacional do Sistema Elétrico
Ouro
PARECER
PCH
PEC 33
PGE
PIS
PIS/COFINS
PIS/Pasep
PPP
PPSA
PROJETO DE LEI DO SENADO
PTT
PanAtlantic
Panoro Energy
Para nossa alegria
Paraná
Paru
Pasadena (EUA)
Patos
Pemex
Penta Energia
Petrobras. Seguro
Petrochina
Petrogal Brasil
Petronas
Petróleo ETC
Plano Decenal de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário do País
Política Energética Nacional
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Pontal do Paranapanema
Portaria MME nº 192
Portaria nº 160
Portaria nº 191
Porto do Açu
Portos
Portugal
Premier Oil
Premium I
Premium II
Princípio da continuidade
Projeto Estruturante
Proyecto de ley de hidrocarburos de Gobierno de Argentina
Quênia
RESERVATÓRIOS
RTT
RWE Dea AG
Regulatória
Regulação
Repar
Repsol Explorácion
Resolução
Revista Brasil Energia
Revista Exame
Revisão Tarifária Extraordinária
Rio Grande do Sul
Rio Oil & Gas
Rio Oil e Gas 2012
Roberto Viana
Rosneft
Rússia
SEDE
SIN
SYNERGIA EDITORA
Saipem do Brasil
Sasol
Secretaria de Energia
Secretário de Energia de São Paulo
Sindicato da Indústria Cerâmica
Sinopec. Galp
Sistema de Gestão de Energia
Snam
South Stream
Steve Coll
Subsea Oil e Gas Brasil
Sulgás
São Carlos
TAC
TCC
TCU
TNK-BP
TUSD
TUST
Termo de Compromisso
Texaco
The Economist
Tomanik Pompeu Advogados Associados
Total.
Tractebel
Transierra
Tucumann Engenharia
UE
UPGN COMPERJ
UTC Óleo e Gás
UTG
UTGCA
Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato
Usuário de Serviço Público
V Fórum Capixaba de Energia
Valter Esperidião Silva
Vanco Brasil
Venezuela
Venrzuela
Videocon Industries
Visões do Gás
Wintershall
Wärtsilä Brasil
abastecimento
agosto/2013
alterações tributárias
análise de risco
aquecimento global
armazenamento
aspectos técnicos
atividades
autoimportadores
ações
balanço financeiro
barragens
biocombustíveis
capacidade
carro
cenário energético
certificação
cesta de óleos
clipping
cogeração
combustíveis
combustíveis fósseis
comercializadora
comercializadores
commodity
companies
competência federal
compliance
compra e venda
concessionárias de distribuição de gás canalizado
concessões
concessões das hidroelétricas
consumidor
consumidores
contrato de distribuição de gás canalizado
criação
critérios
curso de inglês
cãmbio
declaração de comercialidade
decreto de desapropriação
demanda
descobertas
desenvolvimento
desenvolvimento sustentável
desindustrialização precoce
devivados
dezembro
diretor de Regulação Econômico-Financeira e de Mercados
diretoria de Gás Canalizado
diretrizes
doença holandesa.
due diligence
déficit comercial
educação
emprego
emprego da técnica
energia renovável
energia solar
energias renováveis
energy
exploração pré-sal
explosão
exportação
extração de petróleo e gás
financeira
fontes não convencional
frade
gasoduto virtual
gestão de gás
gestão energética
gás importado
gás natural comprimido
gás natural preço
gás natural; distribuição de gás canalizado; auditoria energética
inconstitucional
investidores
investimento
invetimento
jazidas
julho
lixo
lockdown
make-up gas
maldição do petróleo
matéria prima
migração
ministério público
ministério público federal
mundial
nacionalização
novembro
ocid tomanik
oeste paulista
offshore
operação de petróleo
outubro
penalidades
perfuração de poços
pesquisa e desenvolvimento
petrolífera estatal boliviana
plástico
poluição
política nacional para o gás natural
prestação de serviço de movimentação de gás canalizado
processo administrativo
produtores
projeto siderúrgico da Ceara Steel
proteção e defesa
quarentena
queima de gás
ranking
recessão economia
reduzir
redução
redução PIS/ Cofins
região sul
reservas
revolução na indústria globa
revolução na indústria global
seminário
serviços públicos
solar
suspensão
terminologia
treinamento
usina
utilities
África
África Austral
África Oriental