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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Petróleo a US$ 77? Só no país que joga de acordo com as próprias regras

O petróleo desmoronou para menos de US$ 39 o barril nos EUA

Por Bloomberg |14h09 | 25­08­2015

(SÃO PAULO) – O petróleo a US$ 77? É na Argentina.

O petróleo desmoronou para menos de US$ 39 o barril nos EUA. Mas, apesar do massacre dos preços nos mercados mundiais de energia, a commodity custa quase duas vezes mais na Argentina – país com algumas das reservas mais caras de petróleo bruto do mundo.

Mesmo com uma nova queda dos preços na segunda­feira, que levou as referências mundiais para valores próximos dos níveis mais baixos que eles atingiram brevemente durante a Grande Recessão, o petróleo continua voando alto na Argentina pela simples razão de que o governo quer que seja assim.

Há certo método por trás da loucura aparente. A Argentina possui as segundas maiores reservas de gás de xisto e as quartas maiores de petróleo de xisto do mundo. Diante de um déficit comercial de energia de US$ 6 bilhões em 2014, o governo vem utilizando o preço fabricado na Argentina para tentar turbinar a produção doméstica.

Ao fazer isto, a segunda maior e mais enigmática economia da América do Sul está empregando uma abordagem única. Na maior parte do mundo em desenvolvimento, os governos subsidiam os preços do combustível. Na Argentina, os motoristas agora estão subsidiando os produtores de petróleo e gás.

“Isso não é sustentável no longo prazo”, disse Agustín Torroba, analista sênior da Montamat Associates, uma empresa de consultoria de energia. “É o petróleo mais caro do mundo”.

Importadora

O preço do petróleo feito em casa se originou de acontecimentos em 2011 e 2012. Até então, a Argentina era exportadora líquida de energia, mas empresas como a Repsol SA da Espanha, a maior produtora de petróleo do país na época, só tinham permissão para ficar com US$ 42 por cada barril exportado, menos de metade do preço do mercado internacional.

Os perfuradores reagiram cortando investimentos em exploração e desenvolvimento, optando por esgotar as reservas pré­existentes. Com o aumento do consumo e a queda da produção, por volta de 2011 a Argentina tinha se tornado importadora líquida de energia, de quase todo seu petróleo e seu gás, pela primeira vez desde 1984.

A presidente Cristina Kirchner reagiu em abril de 2012 expropriando 51 por cento da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), propriedade da Repsol, que, segundo ela reclamou, vinha direcionando muito dinheiro para os dividendos em lugar da exploração. Desde então, o desenvolvimento de depósitos de petróleo e gás de xisto na parte da região da Patagônia conhecida como Vaca Muerta tem acelerado.

Considerado amplamente um dos campos de xisto mais importantes do mundo, Vaca Muerta tem o tamanho da Bélgica e é a chave para reestabelecer a autossuficiência energética. Para preparar a extração, a secretaria de energia do país fixou o preço do petróleo fabricado na Argentina pela primeira vez em US$ 72 em janeiro de 2013. O valor foi ajustado para US$ 77 no mês passado.

Fabricado na Argentina

Quando os preços mundiais ficaram acima do nível do preço fabricado na Argentina, essa política beneficiou os consumidores. Mas quando o petróleo bruto começou a cair no ano passado, os motoristas argentinos viram como seus colegas de países vizinhos ganhavam um benefício inesperado e indisponível para eles.

Desde agosto de 2012, os preços do combustível no país aumentaram 126 por cento. Hoje, os motoristas argentinos pagam cerca de 40 por cento a mais para encher seus tanques do que os vizinhos no Brasil. Contudo, os consumidores não fizeram muito escândalo e a política energética não é um assunto de peso na campanha da eleição presidencial.

Embora a maior beneficiária seja a estatal YPF, a quantidade de investimentos necessários para desenvolver os depósitos de petróleo e gás de xisto – número estimado pelo governo em US$ 200 bilhões – obrigou a Argentina a abrir as portas também a petroleiras estrangeiras. A Chevron Corp., a segunda maior produtora de petróleo do mundo, se uniu pouco depois que Cristina decretou em 2013 que as empresas dispostas a investir mais de US$ 1 bilhão teriam permissão para vender 20 por cento de sua produção no exterior depois de cinco anos sem estarem sujeitas aos impostos à exportação e para repatriar os lucros.

“O governo tentará manter o sistema até depois da eleição”, disse Torroba. “O governo precisa mostrar que a YPF é bem­sucedida e está fazendo isso às custas dos consumidores”.



Por Pablo González


Fonte: InfoMoney 
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/4243730/petroleo-pais-que-joga-acordo-com-proprias-regras

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

SEM DESCONTO DA PETROBRAS, GÁS NÃO É COMPETITIVO, DIZEM DISTRIBUIDORES

Editoria de Arte 
A Abegás (associação das empresas distribuidoras de gás canalizado) vem pleiteando que a Petrobras não retire os descontos concedidos às companhias que distribuem gás natural. O pedido da entidade data de outubro.

A proposta do setor pretende dar ao mercado uma previsibilidade de preço e tornar o gás competitivo com os outros combustíveis que também são vendidos pela Petrobras, segundo a associação.

Em diversas ocasiões, a Abegás tentou alertar a companhia que o preço do gás praticado no país está muito alto em comparação ao resto do mundo e que isso prejudica a atividade empresarial de todos os consumidores, principalmente os do segmento industrial, segundo Augusto Salomon, presidente-executivo da associação.

"Essa prática de preço tem feito com que consumidores busquem combustíveis alternativos e mais baratos. Isso tem provocado uma queda do uso de gás natural e aumento da poluição", diz Salomon. "A retirada de desconto tornará o gás natural não competitivo com os demais combustíveis", completa. Os contratos NPP (Nova Política de Preços) são reajustados trimestralmente e a cada reajuste, desde 2011, a Petrobras tem aplicado descontos para manter a competitividade do gás. Desde janeiro, o percentual do desconto que era em média de 36% vem caindo e está em 30%.

Procurada desde meados de dezembro, a Petrobras acabou informando que não iria se pronunciar. Em resposta à Abegás, a estatal afirmou que não é obrigada a manter os descontos e não definiu quando e de que forma os descontos serão suspensos.


Fonte: Endereço da página: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2015/01/1570530-sem-desconto-da-petrobras-gas-nao-e-competitivo-dizem-distribuidores.shtml

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Gás mais barato

O governo estadual (SP) anunciou nesta semana que vai construir um gasoduto para levar o gás natural da Bacia de Santos até os polos industriais do Estado em parceria com a iniciativa privada. O investimento será de R$ 11 bilhões e visa aumentar a oferta de gás natural no Estado, reduzir a dependência do produto distribuído pela Petrobras e baratear o preço do gás. O gás virá da exploração das empresas na Bacia de Santos. O gasoduto virá do Litoral até a região metropolitana de São Paulo, de onde será distribuído para todas as regiões do Estado. O custo do gás deve cair e elevar a competitividade dos polos industriais e também incrementar a geração de tecnologia. O projeto estará em operação num prazo de cinco a seis anos.

Fonte: http://www.abegas.org.br/Site/?p=42921

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Gás importado faz o Sul pagar R$ 20 milhões a mais por mês pelo insumo

Florianópolis, 6.8.2014 - O gás natural que abastece o Sul do Brasil custa R$ 20 milhões a mais por mês para a região. Isso ocorre porque o metro cúbico do insumo, que vem da Bolívia, é R$ 0,13 mais caro em relação ao preço do gás nacional que abastece outros Estados. A informação é do consultor do Projeto + Gás, Ricardo Azambuja Pinto, que participou de reunião promovida pelo Fórum Industrial Sul, na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta quarta-feira (6), em Florianópolis. "A região está sendo fortemente afetada pela metodologia dos contratos. Essa situação para a indústria e para o mercado é perversa", afirmou.

Na opinião do especialista, o Sul está numa armadilha quando precisa tomar decisões sob a ótica energética. Para atrair novos investimentos são necessários: acesso ao gás, entrega do insumo de forma consistente e contratos de longo prazo, além de preço justo. "São elementos que não existem hoje para a região", concluiu. Ricardo também ressaltou que em 2019 vence o contrato de fornecimento e as negociações do Brasil com o país vizinho precisam ser trabalhadas, especialmente porque está em jogo o fornecimento e o preço do insumo.

Na reunião, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, afirmou que o cenário atual gera preocupação para a indústria. "A limitação da oferta de gás para região, a capacidade de transporte do Gasbol praticamente esgotada e o término no fornecimento de gás da Bolívia geram incertezas no abastecimento e no preço do insumo", afirmou, destacando que a indústria espera que a renovação do contrato com o País vizinho seja feita com redução de valores.

Côrte também informou que o Fórum Industrial Sul e as companhias que distribuem gás na região contrataram um estudo que busca responder a uma questão levantada pelo governo que é a indicação de demanda. "Quando fomos ao Ministério de Minas e Energia expor a necessidade de ampliar o abastecimento nos disseram que era preciso comprovar demanda", disse. O presidente da FIESC ressaltou ainda que não foram contemplados no Plano Decenal de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário (PEMAT, ciclo 2013 - 2022) investimentos na área de gás para a região Sul.

O estudo está sendo elaborado pela Gas Energy. O presidente do conselho de administração da empresa, Marco Tavares, afirmou que existe demanda reprimida de gás. "O que faz a demanda é a oferta competitiva. Se existem indústrias, carros e pessoas, existe demanda para gás natural. O que estamos levando para o governo é quase uma resposta do que já foi feito. É uma abordagem para explicar o óbvio", afirmou, ressaltando que há diversos trabalhos comprovando a existência da demanda.

Ainda no encontro, o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, disse que a política energética tem sido "destrutiva" para a indústria nacional. "Não se discute o futuro da indústria sem discutir o futuro do gás", afirmou. A instituição reúne grandes consumidores industriais do insumo no Brasil.


Dâmi Cristina Radin
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231-4670 | 48 8421-4080
damicr@fiescnet.com.br

Fonte: Portal FIESC

domingo, 3 de agosto de 2014

“Gás natural está com pouca competitividade de preço”, indica Abegás

 Associação, Augusto Salomon, afirmou que o alto preço do produto inibe o crescimento de consumo no mercado brasileiro

Por Virgínia França


No primeiro semestre de 2014, o consumo de gás natural aumentou 9,3% no Brasil, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os responsáveis por esse crescimento são os segmentos de cogeração (porte menor com um ponto de consumo) e termoelétrica (porte maior alimentado com gás para gerar energia).

O presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Augusto Salomon explica que o crescimento do consumo deve-se ao aumento da demanda de geração de energia. Porém, ele aponta que o segmento industrial teve um crescimento abaixo do esperado, de 1,9%.
“Para nós é um crescimento muito ruim. Se pegamos esse índice
em toda a cadeia no
semestre, ele não representa nada”, analisou Salomon (Foto: Wellington Rocha )

“Para nós é um crescimento muito ruim. Se pegamos esse índice em toda a cadeia no semestre, ele não representa nada, porque o gás natural está com pouca competitividade de preço”, afirma Salomon.

Ele cita que os energéticos substitutos concorrentes, como óleo, GLP (gás de cozinha), lenha, carvão, de alguma forma, tem subsídio por parte do Governo Federal. “Essa demanda energética é complicada para nós. O GLP não aumenta de preço há mais de dez anos, o óleo combustível está de 17% a 20% defasado em relação aos preços internacionais”, detalhou.

Além desse cenário, outro agravante é o possível reajuste da Petrobras de 1,57% no gás natural para esse segundo semestre. Segundo Salomon, as distribuidoras de gás “não vão ganhar mais dinheiro com isso, passa automaticamente para o consumidor”, explicou.

“Trimestralmente a Petrobras vem apresentando reajustes do gás. Estamos com o reajuste acumulado de 6,5%, para nós isso é muito crítico. Além de sinalizar ao mercado que vamos ter um apontamento de aumento, gera alguma incerteza no mercado”, declarou o presidente da Abegás.

Confira abaixo a entrevista que o presidente da Abegás, Augusto Salomon concedeu com exclusividade ao portalnoar.com:

O senhor acredita que o Governo Federal enxerga o gás natural como uma “ovelha negra”?

Não, o problema é que o gás natural está muito focalizado para o setor termoelétrico, existe um compromisso de gerar energia. A questão é que o Governo tem que se posicionar com uma política de estado, qual a decisão do governo brasileiro em relação aos incentivos para o mercado.

Por que o Governo Federal deve prestar mais atenção ao gás natural?
Presidente da Abegás elogia o Prográs
do RN (Foto: Wellington Rocha)

Se eu começo a destinar o gás natural só para a termoelétrica, eu acabo não gerando emprego. Se tiver um gás com preço competitivo para a indústria, eu consigo gerar emprego, gerar renda, gerar tributos, impostos. Ou não atende o mercado termoelétrico e vai faltar energia, ou atende o mercado industrial e falta energia. Então quando tem essa defasagem de preço e o gás continua caro, a indústria está sendo penalizada demais, que estão obrigadas a importar o produto final ou reduzir a produção.

Qual a sua avaliação sobre o programa de incentivo Progás?

Totalmente interessante. Quando o governo aplica o Progás, ele troca incentivos por emprego, este é o papel do poder público. Tem que criar mecanismo para fortalecer a geração de emprego, renda, capacitação, educação. Acredito que todos os estados da federação deveriam desenhar alguma coisa nesse sentido.

O que falta para incentivar mais o consumo de gás natural?

As distribuidoras de gás estão com campanhas ativas para expansão do consumo e fazendo investimentos para ampliar as redes de distribuição. A grande questão é que quando começa fazer todo esse trabalho de incentivo, é preciso ter alguma competitividade de preços. Uma das ações da Abegás é a desoneração tributária do PIS/COFINS, isso representa 9,25% de redução de custo para o consumidor final. A outra linha para ter o aumento da oferta de gás no Brasil, significa ter mais empresas trabalhando na exploração e produção, para ter essas figuras é preciso ter incentivos também, e depois é necessário escoar esse gás. O escoamento desse gás passa por uma infraestrutura que está nas mãos da Petrobras. O Governo Federal precisa, de alguma forma, dar a capacidade dessa infraestrutura, para que outros operadores possam escoar o gás e gerar competitividade no mercado.

Qual a análise que o senhor faz situação do mercado de gás natural no Brasil?

A gente vinha crescendo 20% ao ano, isso até 2005. De 2005 para cá, com os problemas que tivemos em relação com as termoelétricas, esse crescimento chegou a 9%. A projeção é que em 2015 para frente, vamos ter novas ofertas de gás e com a vinda do pré-sal, vamos ter muito mais gás ainda. A grande preocupação é que não podemos deixar esse mercado atual inseguro em relação aos investimentos.


FONTE: Portal no Ar

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Preço do gás natural terá novo reajuste amanhã

O preço do gás natural produzido no Brasil terá um aumento médio de 1,57% a partir de amanhã, em mais um passo na estratégia da Petrobras para recuperar as perdas provocadas pela defasagem nos preços dos combustíveis no Brasil. Oferecido ao mercado com descontos entre 2011 e 2013, o gás natural nacional para uso não-termelétrico acumula alta de 6,5% desde que a empresa retomou os reajustes, no início do ano. Distribuidoras e consumidores reclamam dos aumentos em um período de perda de competitividade com relação à indústria americana, beneficiada pelo crescimento da produção de reservas não convencionais.

“O novo aumento é uma sinalização ruim para o mercado e tem impacto direto na competitividade da indústria”, diz o presidente da Associação das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Augusto Salomon. Nos Estados Unidos, país que experimenta o maior ritmo de crescimento da produção do combustível, os preços oscilam em torno dos US$ 6 por milhão de BTU (unidade britânica de poder calorífico). No Brasil, o preço praticado no primeiro trimestre, último dado disponibilizado pela Petrobras, foi de US$ 8,7 por milhão de BTU.


A Petrobras pratica preços diferentes de acordo com a origem do gás natural que vende ao mercado — nacional, boliviano ou importado sob a forma de gás natural liquefeito (GNL). O gás nacional era o único que tinha preço congelado, resultado de uma política para encontrar novos consumidores em um período de pouco uso de térmicas no país. Hoje, com as térmicas operando a plena carga e pesadas perdas com a importação de GNL a preços de até US$ 18 por milhão de BTU, a companhia põe em prática um programa de redução progressiva dos descontos, que foram iniciados em 2011.


Em nota enviada ao Brasil Econômico, a Petrobras argumenta que o gás nacional é competitivo em relação a outros mercados, como o europeu continental (US$ 11,3 por milhão de BTU), o britânico (US$ 10,1 por milhão de BTU) e o chinês (US$ 12,3 por milhão de BTU), mas admite a vantagem para o consumidor americano. “Desde a última atualização de preços antes da concessão de descontos, em fevereiro de 2011, até agosto de 2014, o preço médio do gás natural para uso não-termelétrico aumentou 6,5%, enquanto que a inflação acumulada no País entre fevereiro de 2011 e junho de 2014 foi de 21,9% (IPCA)”, diz o texto.

O aumento dessa quinta-feira afeta principalmente as distribuidoras de Nordeste, Minas Gerais, Rio e Espírito Santo, uma vez que os estados do Sul e São Paulo, este parcialmente, são abastecidos com gás boliviano. A data do repasse ao consumidor e o valor do reajuste varia de acordo com os contratos de concessão e de suprimento de cada distribuidora — em alguns casos, a alta no preço do combustível chega aos 4%. Para a Abegás, a retirada dos descontos prejudica ainda a competição com outros combustíveis, que têm preços congelados há mais tempo, como o gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha). “Os combustíveis substitutos do gás natural vêm sendo subsidiados e tendo até preços congelados, o que cria uma distorção imediata na produção industrial”, reclama Salomon.

Para a Petrobrás, o gás mantém condições de competir com seu principal concorrente. “Hoje, seu preço equivale a 70% do valor do óleo combustível”, calcula a empresa. No primeiro trimestre, a companhia experimentou um crescimento de 20% nas importações de GNL para suprir as térmicas a preços menores do que os pagos pelo combustível. A compra de GNL mais caro eliminou parte dos ganhos extras com a venda de energia no mercado de curto prazo, levando o resultado da área de gás e energia a uma queda de 41,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Custo elevado do gás natural atrapalha empresas estrangeiras no Brasil

Essencial para boa parte das cadeias produtivas, o preço do gás é determinante para assegurar o futuro da indústria de um país. A redução no custo de produção dessa fonte de energia - que em alguns casos serve também como insumo - tem ajudado a atrair investimentos e a transformar a economia dos Estados Unidos, beneficiando inclusive os países vizinhos. O problema é que empresas que atuam no Brasil começam a fazer as contas e já estudam alternativas de locais onde se pode gastar menos para produzir.

A diferença de valores é grande. No Brasil, o custo médio do gás natural está em torno de US$ 14 por milhão de BTU (unidade internacional do gás). Já nos Estados Unidos e México, o preço cai para US$ 4, motivado pela exploração do gás não convencional (shale gas). Além do custo, a questão da disponibilidade também tem preocupado empresários, uma vez que não há garantia de quanto do gás natural produzido pelo pré-sal será destinado ao uso industrial.

Para o presidente do Grupo Saint Gobain no Brasil, Benoit d'Iribarne, esses fatores, levados em conta na hora de decidir sobre um investimento, podem atrapalhar os planos de expansão da companhia no Brasil, que utiliza gás em suas atividades, como a produção de vidro.

“O abastecimento de gás pode ser um problema. É um insumo essencial à Saint Gobain. Nossa preocupação não é só a disponibilidade, mas também a competitividade do preço desse insumo energético essencial”, afirmou d'Iribarne ao comentar a diferença dos preços.

Esses dois fatores também são apontados por Marco Tavares, diretor da consultoria Gas Energy, como determinantes para afastar investimentos que dependam do gás, em especial na área química. Para ele, a discussão hoje está em torno da questão energética, ou seja, o quanto do gás produzido no país pode ajudar a abastecer as termelétricas:

“Estamos preocupado com o abastecimento das termelétricas com gás a curto prazo e não estruturamos uma política de longo prazo para esse insumo. É uma falha de planejamento.”

Nessa indecisão sobre a disponibilidade e preço do gás, um dos casos mais emblemáticos é o da Braskem. A maior empresa química do país, controlada pelo Grupo Odebrecht, tem investido mais no exterior do que no Brasil. Um exemplo é a construção de uma fábrica no México, que deverá entrar em funcionamento no ano que vem.

Há também planos para operar uma unidade química nos Estados Unidos. Enquanto faz esse planos, a empresa não toma uma decisão sobre a participação no Comperj por faltar definição de preço por parte da Petrobras.

No mês passado, em teleconferência com analistas, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, lembrou que o México tem um baixo custo para a produção de manufaturas devido a câmbio, custo da mão de obra e preço de energia. Para a Braskem, o país tem matéria-prima para o crescimento da empresa, que utiliza eteno na produção de polietileno (base da indústria de plásticos).

"Vemos esses fatores tendo peso importante no que está acontecendo na indústria petroquímica do mundo, seja pelo crescimento no México e dos Estados Unidos, seja pelas dificuldades de viabilizar projetos no Brasil", afirmou a empresa em nota.

Na opinião de Paulo Pedrosa, presidente-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), o investimento poderia ser maior no país se o preço do gás caísse. Estudo feito pela Fipe mostra que, caso o preço caia à metade, o investimento pode crescer em mais de R$ 130 bilhões a longo prazo.

“A indústria química no país antes era um potencial. Agora se tem o risco de perder a base. Isso propaga a perda de competitividade no país”, diz Pedrosa.

Segundo a Abrace, a produção de gás vai dobrar até 2020, chegando a 180 milhões de metros cúbicos. No entanto, não se tem certeza de quanto disso irá para a indústria, diz Pedrosa. Para ele, o custo de produção caiu tanto no México e nos EUA que já compensa mais produzir nesses países e exportar para o Brasil, mesmo com o custo do frete. Sem competitividade, ele lembra de fábricas que fecharam, como a GPC, que encerrou a unidade de metanol do Rio de Janeiro.

Já a Abiquim, associação das indústrias químicas, afirma que essas dificuldades têm feito com que os investimentos se mantenham em US$ 4 bilhões por ano, basicamente para a manutenção das unidades existentes. Há dois anos, a expectativa era que o número fosse quatro vezes maior. A diretora da associação, Fátima Ferreira, reconhece que hoje, para uma empresa, as melhores condições de investimento na área química estão nos EUA:

“Se eu sou uma indústria brasileira, hoje os Estados Unidos são um lugar maravilhoso, têm tudo.”

fonte:  DIÁRIO DE PERNAMBUCO

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Indústria reivindica atenção do setor de gás

Infra-estrutura de distribuição deficitária e preços altos para aquisição são apontados como principais vilões para a competitividade do insumo. Enquanto o nível dos reservatórios de água continua caindo, governo, concessionárias e especialistas apontam a geração de energia a partir do gás natural como uma alternativa para a matriz energética do Brasil. O tema norteou as discussões do segundo dia da 11ª edição do Gas Summit Latin America, reservado ao debate do cenário político-econômico da exploração, produção e do consumo do insumo. De acordo com dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), apoiadora do evento, a utilização do gás bateu recorde histórico em março, puxada pelo forte acionamento de termelétricas, atingindo 74,6 milhões de metros cúbicos distribuídos. Segundo o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Alfredo Renault, “estamos vivenciando problemas energéticos importantes, relacionado às variações climáticas, que ressaltam a necessidade estratégica de soluções vinculadas ao gás natural do Brasil.

Todos sabemos que estamos suportados pelas termelétricas”, disse ao iniciar os trabalhos do dia que debateram o panorama macro econômico do setor de gás. Incisivo ao afirmar que o setor de petróleo e gás será o motor do desenvolvimento do país, Marcelo Vertis, subsecretário de Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro, acrescentou que os investimentos na exploração do pré-sal somarão US$ 65 bilhões por ano até 2035. Segundo ele, se as projeções se confirmarem nas próximas duas décadas, o Brasil colherá os bons frutos da sua reserva, estimada em mais de 80 milhões de barris, porém ressaltou:

- A conta está ficando cara, já que importamos gás da Bolívia. As térmicas, com o baixo nível dos reservatórios, são um fator importante na geração de energia na matriz.

Com a maior frota de GNV do Brasil, tarifas diferenciadas para o consumo industrial e projeção de expansão da rede canalizada, o Rio de Janeiro tem trabalhado para atrair investimentos para a cadeia de subfornecedores. “Mas além dos desafios financeiros, o desafio tecnológico é grande, porque a exploração tem sido feita em águas cada vez mais profundas e o desenvolvimento de tecnologia reflete na capacitação técnica do setor - disse Vertis, que ainda elencou como desafios a qualificação de mão-de-obra e a produção de conteúdo local. Também participante da conferência, a especialista em competitividade industrial e investimentos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Tatiana Lauria, acrescentou outros desafios à lista apresentada por Vertis.

- O gás natural hoje, para a indústria, é um fator de preocupação. O setor aprendeu a utilizar o energético, viu que é eficiente, que é limpo e que precisa cada vez mais desse ativo - explica.

Mas para ela, isso não é suficiente.

- É preciso torná-lo competitivo. Para muitas indústrias, principalmente a química, o preço da energia, no caso do gás natural, é fator decisivo para investimentos.

fonte: Monitor Mercantil

segunda-feira, 10 de março de 2014

Por que o preço do gás natural é tão alto?

Por  Cid Tomanik Pompeu Filho

Desde o final do século passado, em função da entrada em operação do Gasoduto Bolívia-Brasil, o preço do gás natural motiva discussões acaloradas. Àquela época, o setor industrial esperava pelo produto nacional em todo o país, visto que o combustível boliviano era bem mais caro. O gás do país vizinho, no entanto, acabou priorizado nos estados brasileiros mais industrializados. E embora o mercado tenha mudado de lá para cá, o preço do insumo para o cliente industrial continuou salgado.

Em outubro de 2013, o diretor de Gás & Energia da Petrobras, José Alcides Santoro, que participou do Congresso de Energia Brasileiro, organizado pela Coppe/UFRJ, declarou que o valor do gás natural somente será reduzido quando a produção interna desse insumo for ampliada. “A maneira mais rápida para baixar o preço do gás é produzi-lo aqui”, disse Santoro, na ocasião.

A questão a ser observada, porém, é que, ao pagar um custo elevado pelo gás, os grandes consumidores nacionais perdem competitividade no mercado internacional. Como se não bastasse, ainda sofrem com as condições logísticas e tributárias do país para escoar sua produção. Por isso, nada mais justo que paguem pelo gás um valor similar ao cobrado lá fora. Sobre esse aspecto, vale ressaltar que um estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), de dezembro de 2011, intitulado “Quanto Custa o Gás Natural para a Indústria no Brasil?”, deixa latente a baixa competitividade brasileira nesse campo. Segundo o estudo, uma das razões para o problema é que, na origem, o Brasil já é pouco competitivo nesse insumo porque a parcela variável, ou commodity, já é superior às tarifas finais de países dos BRICs, Estados Unidos e Canadá.

O que mostram os números
Segundo dados do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural, publicado pelo Ministério das Minas e Energia (MME), desde 2008 o preço do gás nacional é sempre superior ao importado. Assim, independentemente do aumento da produção nacional, o preço do gás natural continua subindo, mesmo com a utilização do dólar como referência.
Esses dados são de pleno conhecimento do setor de energia, sobretudo da Petrobras e de sua Diretoria de Gás & Energia. Bem, pelo menos assim é de se esperar.

Política energética

Diante desse cenário, está clara a urgência de reduzir o custo operacional em todas as etapas da cadeia do gás natural, como exploração e produção, processamento, transporte, transferência e distribuição. A época da produção a qualquer custo ficou para trás.
Não bastam ações pontuais do MME e da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O setor de gás natural no Brasil é extremamente verticalizado. A Petrobras faz extração, processamento, transporte, distribuição e comercialização. Somente em três das sete distribuidoras de gás do Sudeste a Petrobras não é acionista.

Outro aspecto importante é a necessidade de uma política de preços que seja discutida com as distribuidoras e com os grandes consumidores. E que ela seja perene, e não refém do governo da ocasião. Em última instância, o país deveria ter de fato uma política de Estado para o setor energético, de modo a realmente estimular o desenvolvimento econômico do Brasil.


Cid Tomanik Pompeu Filho é Secretário da Comissão do Direito da Energia da (OAB/SP), e Conselheiro do Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia (IBDE)

Fonte: http://brasilenergia.editorabrasilenergia.com/news/ideias/artigos/2014/02/por-que-o-preco-do-gas-natural-e-tao-alto-449561.html

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PETROBRÁS DECIDE NÃO MUDAR PREÇO DO GÁS

A Petrobrás informou que não vai mudar a fórmula para calcular o preço do gás natural. A decisão frustrou as indústrias de São Paulo e do Sul do país, que reclamam da defasagem de preços que essas regiões pagam em relação aos outros estados. Em reunião com a presidente da estatal, Graça Foster, há cerca de sete meses, o secretário de Energia do estado de São Paulo, José Anibal (foto), e o governador Geraldo Alckmin haviam pedido uma revisão nessa política de preço.
A reivindicação do governo paulista é a unificação dos preços do insumo em todo o território nacional. São Paulo e os estados do Sul pagam atualmente um valor mais alto devido à presença de gás boliviano, cujo preço está atrelado ao dólar, misturado com o gás nacional no abastecimento da região. Segundo Anibal, a defasagem entre os preços está em torno de 15%.

fonte: http://www.petronoticias.com.br/archives/47060

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fórmula da Petrobras vale para reduzir e subir preços

Almir Barbassa, diretor da Petrobras, diz que a intenção da companhia é que a nova metodologia de preços seja clara e previsível

O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse ontem que a proposta encaminhada pela diretoria da estatal ao Conselho de Administração, para criar uma fórmula de reajuste automático dos preços da gasolina e do diesel, leva tanto a aumentos como a reduções. "Ela é uma metodologia de aderência aos preços internacionais. Então, se estamos defasados para menos, ela leva a mais. E se estamos defasados para mais, ela vai levar a menos", explicou o diretor.

Ele disse, ainda, que a intenção da companhia é que a nova metodologia de preços seja clara e permita a previsibilidade a todos os interessados. Segundo ele, ainda estão em estudo alguns parâmetros, entre eles o percentual que poderá acionar alguma espécie de "gatilho" e a periodicidade dos reajustes. Barbassa informou que, uma vez aprovada, a ideia é que a metodologia possa ser aberta aos investidores.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Para gás ser competitivo preço tem que cair pela metade, diz governo

FolhaPress
Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO, RJ, 26 de agosto (Folhapress) - Para ser competitivo com outras matrizes energéticas o preço do gás natural no Brasil tem que cair pela metade, avaliou hoje o secretário de desenvolvimento e planejamento energético do Ministério de Mina e Energia, Altino Ventura Filho.
"Se o preço cair para US$ 5/US$ 6 o milhão de BTU (medida de energia) é possível colocar as usinas térmicas a gás natural para operar na base (da matriz energética)", disse durante o seminário Brazil Energy and Power.
A expectativa é de que com o leilão de gás não convencional que será realizado em novembro deste ano, novas descobertas viabilizem o aumento da oferta. A tendência, segundo o executivo, é de que usinas térmicas sejam instaladas "na boca do poço", usando o gás para gerar energia.
Operar na base, segundo jargão de mercado, é permitir que a energia gerada nessas usinas térmicas seja incorporada ao consumo normal de energia do país e não dependam de uma seca nos reservatórios das hidrelétricas para serem ligadas, como ocorreu este ano.
De acordo com Ventura Filho, entre 2025 e 2030 já não haverão hidrelétricas para serem construídas no país, pelo esgotamento dos espaços em rios, e a tendência é que cada vez mais as usinas térmicas façam parte da base da matriz energética brasileira.
"Vamos precisar de geração nuclear, carvão e gás para substituir as hidrelétricas, desde que o preço seja competitivo", explicou.
Ele afirmou que a expansão da energia nuclear vai depender da aceitação desse tipo de energia pela sociedade, e o carvão também enfrenta problemas pela poluição. Por estes motivos, o uso de gás natural vem sendo avaliado pelo governo como a energia mais viável, se o preço for reduzido.
Fontes mais limpas como eólica e solar são consideradas apenas complementares, porque não possuem volume suficiente e geração constante como outras fontes.
Segundo o secretário, ainda existe incerteza sobre o aproveitamento do gás produzido no pré-sal, cujos campos da bacia de Santos ficam muito longe da costa, a cerca de 300 quilômetros.
"A prioridade lá (no pré-sal) é reinjetar gás para aumentar a produção de petróleo, mas se pensa em produzir GNL (Gás Natural Liquefeito) também no meio do mar para reduzir a importação", disse o secretário, que também ressaltou que até hoje não se sabe direito o volume de gás nos reservatórios do pré-sal.
A Petrobras vem sendo obrigada a importar GNL para abastecer as usinas termelétricas brasileiras. 

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Gas Energy, Marco Tavares, presente no evento, a empresa tem importado GNL a US$ 15 e vendendo a US$ 10 para as térmicas.
A estatal também tem perdas importando gasolina e diesel mais caro no mercado internacional do que vende no mercado interno.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Gás natural e a indústria

Por Luiz Gonzaga Bertelli é vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e diretor da Fiesp-Ciesp
Com o novo aumento das tarifas do gás natural, ficou inviável economicamente o consumo do combustível para alguns consumidores industriais, notadamente do setor têxtil, cerâmica e vidros. O energético, distribuído pela Comgás, foi reajustado em 6%, no final de maio. Quanto aos usuários da empresa Gás Natural São Paulo Sul (GNSPS) pagarão menos 2,2% e 2,9%, a partir de 31 de maio de 2013. 

Para as residências, o reajuste será de 6,5% para os consumidores domésticos, que recebem o gás da Comgás e entre 2,5% e 4,2% aos usuários da Gás Natural. A correção dos preços é disciplinada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), a fim de corrigir os índices inflacionários (IGPM) dos derradeiros 12 meses.

Os grandes consumidores de gás natural do País reclamam dos critérios adotados pela ARSESP e falta de transparência nos reajustes. Para a associação classista, que congrega tais organizações, as tarifas de gás natural já foram majoradas, desde o mês de maio do ano passado, em torno de 30%.

Em contrapartida, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo esclarece que os reajustes havidos decorrem dos contratos celebrados, quando da concessão estadual dos serviços públicos de fornecimento do gás natural, prevista na Constituição do estado paulista. Nos dias vigentes, metade de todo o gás natural comercializado é proveniente da Bolívia e a outra metade é extraída de poços nacionais, entregue pela Petrobras para as empresas de gás canalizado.

Diante dos altos preços do gás natural vigentes no Brasil, as indústrias grandes consumidoras do insumo energético estão perdendo a sua competitividade nos seus produtos com as similares estrangeiras, eis que o gás natural na nossa nação é faturado com valores cinco vezes maiores que nos Estados Unidos. No "ranking" da competitividade industrial, entre 2010 e 2013, o Brasil caiu da 38ª posição para 51º posto, entre os 60 países avaliados.

Em decorrência dos propagados benefícios do gás de xisto (shale gas) no grande País americano, estão sendo desenvolvidos no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Petrobras análises sobre a província gasifera da Bacia do Paraná, onde poderia existir um volume considerável desse tipo de energético, a ser incluído na Matriz Energética pátria. Atualmente, o gás natural participa com 7,2% do Balanço Energético Nacional.

Enquanto isto não suceder, a indústria nacional continuará pagando entre US$ 12 e US$ 16 por milhão de BTU (medida internacional), correspondendo a cerca de cinco vezes mais que o preço do gás de xisto norte-americano.

Para alguns analistas, a indústria brasileira, usuária do gás natural, está ficando cada vez menos competitiva, especialmente diante dos preços dos energéticos, que já podem chegar até 35% do custo do produto final.

Recentemente, o leilão de petróleo e gás natural registrou investimentos previstos da ordem de R$ 7 bilhões. Isso poderá significar um novo alento na produção desses combustíveis estratégicos para o desenvolvimento da economia do País, inclusive na extração do gás de xisto, se comprovada a sua viabilidade e dominada a sua tecnologia.

FONTE http://www.sindigas.com.br/Noticia/Interna.aspx?id=6766

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Gasolina no Brasil custa mais caro do que nos Estados Unidos

Americanos pagam R$ 7,30 pelo galão de 3,8 litros; brasileiros desembolsam R$ 10,95

Os consumidores brasileiros pagam mais caro pela gasolina do que os dos Estados Unidos. Segundo o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, o preço no Brasil é 50% mais caro, uma vez que o preço do galão, com 3,8 litros, custa em torno de R$ 7,30 (US$ 4) nos Estados Unidos e no Brasil chega a R$ 10,95 (US$ 6).

- Se fala muito em divergência de preço da gasolina no Brasil e no resto do mundo. Mas se levarmos em conta que um galão de gasolina custa em torno de

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