O levantamento, intitulado O Preço do Gás Natural para a Indústria no Brasil e nos Estados Unidos – Comparativo de Competitividade, mostra que enquanto a tarifa média do gás para a indústria no Brasil é US$ 17,14 por milhão de unidades térmicas britânicas (MBTU), nos Estados Unidos o valor é bem menor, da ordem de US$ 4,45. O consumo anual de gás natural pela indústria brasileira totaliza 10,4 bilhões de metros cúbicos, gerando custo de US$ 6,6 bilhões. Nos Estados Unidos, o custo cai para US$ 1,7 bilhão, de acordo com os dados constantes do documento.
O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvea Vieira, disse à Agência Brasil que “a discussão toda não é apenas no valor da molécula gás no poço, mas sim no valor da molécula que o consumidor paga”. No caso de uma pequena padaria, por exemplo, cujo consumo de gás atinge em torno de 1,5 mil metros cúbicos mensais, a perda de competitividade em relação aos Estados Unidos corresponde a R$ 29,7 mil por ano. Já para uma empresa do setor químico, que apresenta consumo mensal de 2,7 milhões de metros cúbicos, o gasto comparativamente a uma companhia americana do mesmo porte soma cerca de R$ 29,8 milhões por ano.
A indústria nacional perde cerca de US$ 4,9 bilhões por ano, devido ao custo elevado do gás natural no Brasil...
“Como o gás é um produto fundamental para a competitividade da indústria brasileira, nós queremos trazer à discussão quais são as alternativas que podemos ter para o gás natural ser mais competitivo. E não é, necessariamente, no valor da produção”, disse Vieira. Outros componentes pesam na formação do preço do gás no país, entre eles impostos, transporte e a margem da distribuição.
Segundo informou o presidente da Firjan, das 27 unidades da Federação, apenas o Rio de Janeiro, São Paulo e o Espírito Santo têm um sistema que permite à população saber o valor que as distribuidoras se apropriam na cadeia produtiva do gás. “Nos outros estados, não. A concessionária decide o preço do gás por ela mesma”. Isso decorre, analisou, do fato de São Paulo, do Rio de Janeiro e Espírito Santo serem mais transparentes.
“Nós temos um intermediário, que são as distribuidoras. Também tem o problema que nós temos que marchar para outras alternativas mais baratas de produção de gás”. Gouvea Vieira avaliou que a produção de gás de xisto, ainda inexistente no Brasil, seria uma opção interessante, mas envolve ainda desafios tecnológicos importantes a serem superados. “Talvez daqui a dez anos, a tecnologia esteja desenvolvida”. Ele considera, entretanto, que o assunto não deve ser trazido para o momento presente da matriz energética brasileira.
O presidente da Firjan defendeu que seja aprofundada a produção de gás associado a petróleo, com exploração de poços de gás tradicional nas novas fronteiras no território brasileiro, além do pré-sal.
Ainda de acordo com o estudo da Firjan, o gás natural tem participação significativa no custo de setores importantes para a economia, entre as quais a indústria química (30%) e a indústria cerâmica (25%).
Os efeitos do gás de xisto sobre a competitividade global e brasileira serão objeto de debate na sede da entidade, na próxima quinta-feira (23), dentro das comemorações do Dia da Indústria.
Segundo informou o presidente da Firjan, das 27 unidades da Federação, apenas o Rio de Janeiro, São Paulo e o Espírito Santo têm um sistema que permite à população saber o valor que as distribuidoras se apropriam na cadeia produtiva do gás. “Nos outros estados, não. A concessionária decide o preço do gás por ela mesma”. Isso decorre, analisou, do fato de São Paulo, do Rio de Janeiro e Espírito Santo serem mais transparentes.
“Nós temos um intermediário, que são as distribuidoras. Também tem o problema que nós temos que marchar para outras alternativas mais baratas de produção de gás”. Gouvea Vieira avaliou que a produção de gás de xisto, ainda inexistente no Brasil, seria uma opção interessante, mas envolve ainda desafios tecnológicos importantes a serem superados. “Talvez daqui a dez anos, a tecnologia esteja desenvolvida”. Ele considera, entretanto, que o assunto não deve ser trazido para o momento presente da matriz energética brasileira.
O presidente da Firjan defendeu que seja aprofundada a produção de gás associado a petróleo, com exploração de poços de gás tradicional nas novas fronteiras no território brasileiro, além do pré-sal.
Ainda de acordo com o estudo da Firjan, o gás natural tem participação significativa no custo de setores importantes para a economia, entre as quais a indústria química (30%) e a indústria cerâmica (25%).
Os efeitos do gás de xisto sobre a competitividade global e brasileira serão objeto de debate na sede da entidade, na próxima quinta-feira (23), dentro das comemorações do Dia da Indústria.
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