O projeto da empresa TGBC era a proposta original para o abastecimento da fábrica de amônia da Petrobras, inclusive foi a solução anunciada pelo então governador Aécio Neves em 2010 e depois reiterado na assinatura do protocolo de intenções em 2011. Entretanto, o duto a partir de São Carlos foi descartado pelo governo de Minas e até agora nenhuma justificativa técnica foi apresentada para a medida.
O Ibama emitiu a licença de instalação para a TGBC na última quinta-feira (28), na véspera do anúncio feito pelo Governador Antonio Anastasia em Uberaba. Ao todo serão implantados 905 quilômetros de duto para transportar 5,5 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural a partir da Estação de Compressão de São Carlos até o ponto de entrega de Recanto das Emas, passando por 37 municípios para interligar a região Sudeste e Centro-Oeste. O documento também inclui a construção de sete pontos de entrega do gás, entre eles nas cidades de Uberaba e Uberlândia.
Procurado pela reportagem do Jornal da Manhã, o diretor da empresa, André Macedo, posicionou que agora falta apenas a autorização de construção por parte da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para início efetivo da obra. O fim do processo de licenciamento junto ao órgão ambiental era necessário para entrar com o pedido na agência reguladora.
Em paralelo, TGBC já se prepara para lançar ainda este ano a chamada pública de alocação de capacidade do gasoduto. Segundo Macedo, o processo deverá acontecer ainda em 2013.
A fábrica de amônia seria uma cliente âncora para o projeto, porém o anúncio do gasoduto 100% mineiro representaria o fim desta possibilidade. Questionado, o diretor da TGBC afirmou já ter conhecimento da notícia, mas preferiu se posicionar na segunda-feira (2 de dezembro) sobre o assunto e também apresentar mais detalhes sobre o empreendimento.
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