Primeiro carregamento de gás natural em Junho
IMPACTO POSITIVO NO CRESCIMENTO ECONÓMICO
Segundo o ministro dos Petróleos, o Projecto Angola LNG (Gás Natural Liquefeito) irá causar um impacto positivo no crescimento económico do país, reflectido na produção de 5.2 milhões de toneladas de LNG por ano, fornecendo, de igual modo, gás butano para consumo interno e tornando o país auto-suficiente. A disponibilização pelo referido projecto de um volume de 125 milhões de pés cúbicos por dia de gás natural tratado para a Sonangol e destinado à geração de energia eléctrica e petroquímica constitui uma prova do impacto decorrente do projecto, sublinhou.
A fábrica, recentemente concluída, da Angola LNG, está localizada no Soyo, província do Zaire. Os serviços de operações e de manutenção serão fornecidos à Angola LNG pelas empresas OPCO Sociedade Operacional Angola LNG e a SOMG – Sociedade de Operações e Manutenção de Gasodutos.
Os investidores no projecto Angola LNG e os accionistas da Angola LNG Limited, da OPCO e da SOMG são a Sonangol Gás Natural, Limitada (22,8%), a Cabinda Gulf Oil Company Limited (36,4%), a BP Exploration (Angola) Limited (13,6%), a ENI Angola Production B.V. (13,6%) e a Total LNG Angola Limited (13,6%).
ABERTURA AO EXTERIOR FOI DETERMINANTE
Na sua intervenção, Botelho de Vasconcelos classificou como ‘determinante’ para o desenvolvimento célere que o sector energético nacional registou internamente nos últimos anos a abertura do sector petrolífero angolano a companhias internacionais, após a independência nacional em 1975. O ministro afirmou que o Executivo angolano optou, com sucesso, a nível do sector petrolífero, por uma política que consiste em oferecer condições atractivas ao investimento estrangeiro, dotando-as de princípios de reciprocidades de interesses e vantagens mútuas. Segundo o titular da pasta dos petróleos, a utilização de alta tecnologia fez de Angola um país petrolífero de classe mundial, numa estratégia que tem como premissa básica o aumento das reservas de petróleo e gás natural, através dos estudos geofísicos que conduzem à identificação e avaliação do potencial petrolífero.
Botelho de Vasconcelos referiu que, além de conduzirem à identificação e avaliação do potencial petrolífero, os estudos geofísicos levaram à descoberta de novas áreas exploratórias, sendo por isso que estão a ser empreendidos esforços no domínio de exploração nas áreas já identificadas. Trata-se da parte terrestre da bacia do Kwanza, águas profundas das bacias do Kwanza e do Namibe, assim como das águas ultra-profundas das bacias do baixo Congo e do Kwanza, tendo sido priorizados os blocos, em águas ultraprofundas e profundas da bacia do Kwanza, dada a relação com a sua contraparte brasileira (a bacia de Campos). Referindo-se à correlação entre as bacias do Kwanza e a de Campos (Brasil), afirmou que nestas áreas tiveram lugar grandes descobertas em reservatórios do pré-sal. ‘As bacias interiores encontram-se em fase de reconhecimento, estando em curso estudos adicionais para aprovação da prospectividade dessas áreas’.
Promovido pelo Ministério dos Petróleos, o Fundo da Associação dos Produtores de Petróleo Africanos (APPA) e África & Middle East (AME) Trade, a conferência que decorreu esta semana em Luanda debruçou-se sobre temas relativos à produção de energia em Angola, nova exploração fronteiriça e finanças e gestão de riscos nos projectos de petróleo e gás no país. (com Angop)
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