Com o objetivo de direcionar o desenvolvimento da indústria, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) estuda mudança nas regras de conteúdo local para equipamentos usados na produção e exploração de petróleo no país. Segundo o Itaú BBA, essa nova orientação da ANP pode ser benéfica para algumas empresas brasileiras de petróleo.
A ideia da ANP é reduzir a lista de itens que devem ser produzidos no Brasil e definir claramente as prioridades que estão em linha com a meta de desenvolvimento da indústria nacional.
A agência também acena com a possibilidade de redução de cobranças para quem não cumprir os limites, o que, segundo os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, dará maior flexibilidade ao processo. A agência estuda, inclusive, implantar um sistema de créditos para fomento de setores industriais específicos com o dinheiro obtido com as multas.
Para os analistas, isso pode ser particularmente interessante para a OGX (OGXP3) e a Queiroz Galvão (QGEP3), cujas holdings têm grandes investimentos no País, assim como para a Petrobras (PETR3; PETR4), já que a empresa apresenta altos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, particularmente no pré-sal.
Segundo os analistas, essas medidas tomadas pela agência indicam que o governo está comprometido com o desenvolvimento da indústria de petróleo. "Acreditamos que este seja um reconhecimento, tanto por parte da ANP quanto do governo de que as exigências de conteúdo local poderia criar um impasse no país, fazendo com que o crescimento da produção brasileira seguisse um caminho mais lento do que o planejado", afirmam.
Soluções
Segundo a corretora, uma solução possível para o dilema da produção local é estabelecer uma relação de compromisso pela qual a ANP e o governo nacional concordem em adiar o calendário de cumprimento do conteúdo local. Em troca, as companhias estabeleceriam um compromisso futuro para promover o conteúdo local no médio e longo prazo. Isso daria às empresas maior tempo e capacidade para construção, evitando um futuro excesso de capacidade no futuro.
Fonte: infomoney
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