A queima de gás natural associado ao petróleo tem sido um problema recorrente e excessivo na análise da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace). Além disso, a entidade aponta que alguns pontos do Plano Decenal de Energia 2011-2020 precisam ser melhor avaliados, tais como o aproveitamento do gás natural liquefeito (GNL). Para evitar estes problemas, a Abrace propõe aprimoramentos no planejamento para aproveitar melhor um futuro cenário de sobreoferta do insumo.
Com relação à própria disponibilidade de gás, a associação defende uma clareza maior sobre a origem do insumo. Para isso, propõe que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) faça um balanço de oferta e demanda especificando as fontes do combustível. Sobre a expansão da malha de transporte, a entidade informa que os planos de ampliação dos gasodutos são pouco coerentes, e pede que a EPE explique melhor como a rede atual poderá comportar a expansão do gás. O PDE 2011-2020 prevê que a produção passe dos atuais 58 milhões de metros cúbicos por dia para 142 milhões m³/dia, em 2020.
A entidade também aponta problemas no estudo quanto à infraestrutura do GNL. Para a associação, o planejamento parece não ter levado em conta projetos de regaseificação da Petrobras, que ajudarão a ampliar a capacidade brasileira para 42 milhões de m³ diários.
A Abrace propõe também reconsiderar a expansão da geração térmica a gás, embora elogie a proposta do governo de expandir o parque gerador nacional com base em hidrelétricas a partir de 2013. Para a associação, esse aumento baseado em UHEs pode causa incertezas sobre a destinação do gás, já que a entidade entende que há um momento de transição para um período de sobreoferta do insumo.
Fonte: Canal Energia, 30/08/11
Nenhum comentário:
Postar um comentário