A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de
São Paulo (Arsesp) autorizou o reajuste anual das tarifas de gás natural
canalizado da Gás Brasiliano Distribuidora – GBD, a partir de 10 de dezembro.
O reajuste anual das tarifas compreende, conforme o Contrato
de Concessão vigente:
- o reajuste anual da margem de distribuição: corrigida pela variação em 12 meses do IGPM, de 10,69%;
- a atualização do preço do gás considerado nas tarifas, com base na variação real dos últimos 12
- meses;
- parcela para recuperação da “conta gráfica”: a diferença acumulada entre o preço real do gás e o preço do gás considerado nas tarifas antes do reajuste.

Este reajuste foi afetado principalmente pelo forte aumento
do preço do gás nacional da Petrobrás, que
nos últimos meses retirou todos os descontos antes
concedidos.
Os reajustes para a indústria são os mais significativos,
pois o gás pesa mais na tarifa industrial enquanto a margem de distribuição tem peso pequeno. O mesmo ocorre com
o Gás Natural Veicular – GNV.
Nas demais classes a margem de distribuição (corrigida pelo
IGPM, que subiu menos) tem maior
participação.
O índice previsto de reajuste tarifário varia conforme a
classe de consumidor:
- Residencial: de 10,7 % (pequeno consumo, 5m³ mensais) a 13,7% (consumo de 30 m³ mensais),
- Comercial: de 14,8 % (consumo 100 m³ mensais) a 15,5 % (1.000 m³ mensais),
- Industrial: 17,7 % (pequena indústria, 50.000 m³ mensais), 20,2 % (grande indústria, 1 milhão m³ mensais), 21,1 % (grande indústria, 10 milhões de m³ mensais)
- GNV (Gás Natural Veicular): 23,76 %.
Não haverá neste momento reajuste tarifário das
concessionárias Comgás e Gás Natural, cuja data de
reajuste é 31 de maio.
A GBD é a menor distribuidora de gás do Estado de São Paulo,
em volume de gás distribuído: cerca de 270 milhões de m³ por ano (5% do total de gás natural
distribuído em SP); a Gás Natural Fenosa distribui cerca de 400 milhões de m³/ano (7% do total) e a Comgás distribui
cerca de 5.300 milhões de m³/ano (88%). A GBD atende a Área Norte do Estado (Araraquara, São Carlos,
Porto Ferreira, Araçatuba, Marília, Ribeirão Preto, Bauru etc.), e os maiores usuários são do setor
vidro/cerâmica, alimentos, suco cítrico, madeira.
Fonte Arsesp
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