No Sul, o gás natural que atende a região é totalmente transportado pelo Gasbol (Gasoduto Brasil-Bolívia), mas sua capacidade está “praticamente esgotada”. O Pemat, plano de expansão da malha de transporte, analisou duas alternativas: a ampliação do trecho sul do Gasbol e a construção do gasoduto Penápolis (SP)-Canoas (RS).
Em ambos os casos, no entanto, concluiu que eles não são “elegíveis” para licitação por não atenderem requisitos mínimos: levar o gás a um preço competitivo e ter demanda suficiente. Para a CNI, trata-se do “dilema do ovo e da galinha” – sem o gasoduto, não se cria nova demanda; enquanto não há demanda nova, não sai o gasoduto desejado.
Uma situação parecida vive a indústria do Nordeste. Desde 2002, conforme lembra a entidade, investimentos em gasodutos foram feitos na região. A nova malha permitiu integração com a rede do Sudeste, mas está concentrada apenas ao longo do litoral nordestino, sem chegar perto das fronteiras recentes de exploração do gás – por exemplo, nas bacias do Parnaíba e do Recôncavo, sem falar em áreas terrestres maduras no interior.
“Não se vislumbra nenhuma expansão de capacidade de transporte na região Nordeste”, afirma o documento da CNI, elaborado em parceria com a Abrace. “A metodologia usada pelo Pemat na análise de viabilidade de novos projetos não permite antecipar necessidades futuras de capacidade”, critica o estudo da entidade.
Fonte: Valor Econômico/ABEGÁS
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