A Petrobras recebeu do governo federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2, cerca de R$1,82 bilhão em investimentos para a implantação de dutos para a circulação de derivados do petróleo entre o Vale do Paraíba e o Litoral Norte.
Cerca de R$ 648 milhões -- divididos em duas etapas de recebimento (R$ 563 milhões até 2014 e R$ 80 milhões a partir de 2014-- estão sendo usados no projeto de construção de dois dutos entre a Unidade de Tratamento de Gás Natural de Caraguatatuba e a Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos.

Os dutos chamados Ocvap (Oleodutos Caraguatatuba – Vale do Paraíba) 1 e 2 irão transportar GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) e C5+ (subproduto líquido do processamento de gás natural) entre as unidades.
Segundo a Petrobras, após a conclusão da obra, o sistema terá capacidade para movimentar 3.600 metros cúbicos por dia de GLP e 1.400 metros cúbicos por dia de C5+.
“Esta é a forma mais segura para transportar grandes volumes de fluidos”, informa nota enviada pela Revap.
Reaproveitamento. O projeto inicial prevê a construção de dois dutos de oito polegadas cada e 70 quilômetros de extensão, além da instalação de duas estações de bombeamento.
Os oleodutos passarão por Paraibuna e Jambeiro até Caraguá. E, em determinado momento, seguirão pelo gasoduto Gastau, que liga Caraguatatuba a Taubaté, concluído em março de 2011. O duto movimenta a média de 7,4 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Foram investidos R$ 439 milhões.
Meio ambiente. Um dos objetivos da Petrobras é minimizar os impactos ambientais decorrentes do transporte de petróleo e derivados.
“Um dos principais aspectos da nova rede de dutos é facilitar o escoamento dos produtos, mas o projeto pode, ainda, contribuir para melhora no trânsito entre Caraguatatuba e São José, com a redução do número de veículos trafegando nas estradas e rodovias”, diz nota enviada pela empresa.
Para o ambientalista e conselheiro do Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente), Marcelo Manara, o projeto, à princípio, é válido. “Temos de fazer uma profunda análise sobre os prós e contras dele, levando em conta, principalmente, as questões sociais e ambientais”, afirmou o especialista.
Paula Maria Prado/ Foto: roosevelt cassio/o vale
fonte:Caraguablog/JFPr
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