Porto de Bayóvar: obra contratada pela Vale, parceira da Odebrecht no Brasil e no exterior
Em 2001, a Odebrecht Peru possuía 460 integrantes e um backlog (conjunto de contratos em carteira) de US$ 3,1 milhões. Ao fim de 2009, o número de integrantes passava de 8 mil e os negócios em carteira superavam a marca de US$ 520 milhões. Para 2011, a projeção é ultrapassar US$ 1 bilhão.
De acordo com Jorge Barata, Diretor-Superintendente da Odebrecht Peru, o crescimento é reflexo do bom momento do país andino. “Esse processo evolutivo é mais do Peru do que da Odebrecht. É algo que vem ocorrendo de forma constante desde 2002, com um
crescimento do país sempre superior a 6% ao ano. Isso provoca o crescimento das empresas que estão engajadas.”
Um dos setores mais aquecidos é o portuário. Nele, a Odebrecht conquistou três projetos nos últimos anos. Depois de inaugurar o Porto de Melchorita, para exportação de gás pela Perú LNG, a empresa entregará no segundo semestre de 2010 o Molhe Sul do Porto de Callao, executado sob encomenda da Dubai Ports World (DP World), e o Porto de Bayóvar, contratado pela brasileira Vale, que escoará por ele sua produção de fosfato, utilizado para a elaboração de fertilizantes. São projetos privados, que colocam a Odebrecht Peru como a escolha dos mais diversos clientes. “Somos hoje muito competitivos na área de portos, com tecnologia e logística diferenciadas, além de termos capacidade de formação de pessoas. Outros oito portos poderão ser construídos e estamos acompanhando esse processo”, explica Jorge Barata.
Em Bayóvar, no norte do Peru, a construção da ponte de acesso e do porto com estacas de concreto perfuradas, a montagem das estruturas eletromecânicas que levam o fosfato até o porto e o prazo curto, de 16 meses, foram os maiores desafios. “Trabalhar com a Vale é sempre desafiador, por conta do alto grau de exigência. Além disso, a Vale é uma importante aliada da Odebrecht no Brasil e no exterior, o que dobra a responsabilidade”, diz Allan Abrantes, Gerente de Obra.
Concessões
Além dos três portos, as equipes da Odebrecht Peru estão trabalhando forte para concluir três rodovias. Duas delas fazem parte do Programa IIRSA (Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana), que permitirá uma maior integração Brasil-Peru. As IIRSAs Sul e Norte, concessões de 25 anos, são projetos prioritários para o crescimento do país. “O Peru, nos últimos anos, tem construído uma grande quantidade de estradas, rompendo todos os recordes, porque precisa de uma malha rodoviária que permita a comercialização de seus produtos a preços competitivos”, salienta Jorge Barata.
Ainda no campo das concessões, destaca-se um dos maiores desafios da Odebrecht em seus 30 anos de atuação no país: o Projeto Trasvase Olmos. A transposição do Rio Huancabamba para o Rio Olmos levará água de uma região fértil em chuvas para 43 mil ha desérticos e beneficiará milhares de pessoas. Atravessando as formações rochosas dos Andes, com altura de 2 mil m, está sendo construído um túnel de 20 km, perfurado por uma máquina tipo TBM (Tunnel Boring Machine). Quando os últimos 4 km forem escavados, a Concessionária Trasvase Olmos irá transpor 400 milhões de m3 de água por ano.
"O crescimento da Odebrecht é um reflexo do bom momento do país"Jorge Barata
Após a transposição, o Projeto Olmos terá outros dois componentes: o de irrigação e o de geração hidrelétrica (esta sem previsão de licitação). Por meio da Concessionária H2Olmos, a Odebrecht apresentou uma proposta para irrigar uma grande área. A empresa bancará toda a obra. Será feito um leilão das terras hoje pertencentes ao Governo. Lotes de, no mínimo, mil ha serão vendidos a grandes empresas, totalizando 38 mil ha. Outros 5 mil ha serão destinados à contrapartida social, com benefícios para pequenos agricultores como Segundo Benítez. Morador do vilarejo Casario del Muerto, ele participa de uma cooperativa produtora de frutas e precisa da água, hoje disponível apenas em poços artesanais. “Com a água do Projeto Olmos, a cooperativa pode crescer”, confia Benítez, pai de cinco filhos.
“O principal benefício do componente de irrigação será a geração de 76 mil empregos diretos”, observa Maurício Cruz, Diretor de Contrato de Olmos. “Cria-se também uma forte cadeia produtiva, com o desenvolvimento de mais oportunidades indiretas de trabalho. É provável que a região chegue ao ponto do pleno emprego, como ocorreu na região de Trujillo, onde fizemos outro projeto de irrigação, Chavimochic”, ele acrescenta.
A primeira obra na capital
Outros novos projetos estão sendo iniciados pela Odebrecht no Peru, além do componente de irrigação de Olmos. Um deles é o Trem Elétrico, que começou há 20 anos, sob responsabilidade de outra construtora, e que será concluído pelo consórcio formado entre a Odebrecht e a Graña y Montero. Além de modernizar o sistema eletromecânico dos 9 km já construídos, o consórcio está trabalhando em mais 12 km, em Lima. “Esta é uma nova experiência para a Odebrecht, pois é a primeira obra na capital. É um projeto prioritário, porque o trânsito e o transporte de massa de Lima precisam de novas soluções. Nosso maior desafio é concluir o Trem Elétrico no prazo de 18 meses, quando o normal seriam 36 meses”, explica Carlos Nostre, Diretor do Contrato.
Projetos da Odebrecht no Peru
Ainda em 2010, será iniciado mais um projeto de Parceria Público-Privada, a Central Hidrelétrica Chaglla, com capacidade de geração de 460 MW. Localizada na região central do Peru, ela deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2015. Outros seis projetos hidrelétricos estão na mira da Odebrecht, que também estuda o Gasoduto Andino do Sul, de 1.085 km. “O mercado tem demandado e estamos estudando o setor de mineração, que tem investimentos de US$ 20 bilhões, e projetos de saneamento em parceria com a Foz do Brasil, além de oportunidades em irrigação e estradas. Nossa estratégia é termos projetos cada vez mais diversificados e expressivos”, informa Jorge Barata.
Galeria de Fotos
Porto de Bayóvar: obra contratada pela Vale, parceira da Odebrecht no Brasil e no exterior
fonte: Texto: Leonardo Maia | Fotos: Lalo de Almeida - http://www.odebrechtonline.com.br/materias/02301-02400/2382/?lang=pt
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