Após a história de sucesso do gás de xisto nos Estados Unidos, a Polônia é o novo polo que atraias atenções da indústria de energia, especialmente quando o foco é a exploração de gás de xisto.
Em abril de 2011, a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA), anunciou que "a Polônia contém em seu subsolo até 5,3 trilhões de metros cúbicos de gás de xisto, um número fenomenal quej á está redimensionando o futuro do mercado europeu de gás".
Este é o maior volume avaliado entre os 32 países europeus onde estudos geológicos para o gás de xisto foram realizados. De acordo com a EIA, essas reservas são grandes o suficiente para atender à demandada Polónia para o gás natural por 300 anos. Se esses cálculos se confirmarem, o país poderá se tornar um jogador importante no mercado de gás de xisto. Ao mesmo tempo, o New York Times publicou que "a Titan Corp, uma empresa emergente para o desenvolvimento de energia, anunciou que está explorando novas oportunidades na Polônia, onde recentemente descobriram reservas de gás de xisto, fato que está gerando um novo boom na área energética na Europa".
De acordo com os geólogos, a Polónia tem condições geológicas similares às dos Estados Unidos, onde houve grande sucesso na exploração de gás de xisto. Prognósticos recentes dão conta que o material pode ser encontrado a uma profundidade de 12002500 metros, no norte, e em 2500-4500 metros na parte sul do país. que torna a Polônia a mais atraente oportunidade de investimento em gás de xisto na Europa? Segundo os especialistas, devem ser levados em conta os seguintes fatores: o tamanho e a qualidade da bacia a ser explorada o terreno favorável acesso a um merca do atraente a quantidade de pesquisas e perfurações já feitas e as planejadas para o futuro próximo além do número de empresas envolvidas (tais como Exxon Mobil, Chevron, Conoco Phi Ilips, Marathon e outros).
Até agora, 87 licenças para a exploração de gás não convencional já foram emitidas na Polônia. Henryk ezierski, geólogo-chefe e vice-ministro do Meio Ambiente, disse que "o governo está decidido a localizar gás de xisto na Polônia e, em seguida, começar a extraí-lo. A maior barreira para a exploração é tecnológica, a falta de equipamentos necessários para tais operações. Depósitos de gás de xisto polonês estão localizados sob 3.000 metros, maior profundidade que nos Estados Unidos. Como resultado, a extração será mais cara, mas também significa que os recursos hídricos subterrâneos estarão mais seguros." Algumas barreiras podem dificultar o desenvolvimento da indústria de gás de xisto na Polônia. A primeira é a densidade populacional, que é quatro vezes maior do que nos Estados Unidos. Extração de gás de xisto envolve a perfuração de um grande número de poços. Significa que é necessária a cooperação com as comunidades locais. Custo é a segunda barreira, financeira, perfurar um poço custa aproximadamente 50 milhões de Zlotys (ao redor de US$ 15 milhões ). Enquanto isso, dezenas de milhares de poços terão que ser perfurados, porque o período produtivo de um poço é de 24 meses. Como resultado, será fundamental otimizar os cus tos de exploração e de extração. A preocupação ambiental é a terceira barreira. A Comissão Europeia não impõe restrições ao fraturamento hidráulico do solo até o momento. O porta-voz Jacek Winiarski do ramo polonês do Greenpeace, disse: "Nós conhecemos a experiência americana de perfuração e extração de gás de xisto, que provoca contaminação da água, doenças em animais e poluição ambiental entre outras.
Percebemos o gás como combustível de transição entre o carvão e as energias renováveis. Não somos contra o gás, mas deve ser extraído de forma segura. " A quarta barreira é no âmbito jurídico e administrativo. Se os esforços para extrair gás de xisto forem bem sucedidos, o gás terá que ser fornecidos aos consumidores. Para tal, será necessário construir2.000 quilômetros de gasodutos, o que não é possível de acordo coma legislação ambiental em vigor da Polônia. Embora as condições geológicas, econômicas ou legais afetem o setor de gás de xisto na Polônia, os resultados poderão vir a ser diferentes daqueles observados nos Estados Unidos. O gás de xisto representa uma oportunidade única para a Polônia de aumentar significativamente sua produção de gás natural e de reduzir a dependência do gás da Rússia com a consequente da criação de milhares de novos empregos, além de se tornar um importante fornecedor de gás para o mercado europeu e de alcançara autosuficiêncla energética, reduzindo as emissões de CO2,com aumento da competitividade econômica.
Em uma perspectiva otimista, a produção de gás de xisto será um fator extremamente positivo, que poderá contribuir para o desenvolvimento de um mercado competitivo e comercial na Polônia. Embora a economia e a área de energia na Polônia estejam à beira de entrar em um capitulo novo e promissor, ainda há que se esperar pelo novo cenário. Em uma perspectiva otimista, a produção de gás de xisto será um fator extremamente positivo, que poderá contribuir para o desenvolvimento de um mercado competitivo e comercial
Fonte: Jornal do Commercio - Monika Sophie Jablonska - Consultora em Negócios e Comércio
Nenhum comentário:
Postar um comentário